Thiago Salomão chamou Luis Nunes da Forpus e Pit Money para comentarem sobre os episódios do Stock in Rio.
Foram entrevistas com 11 gestores e 10 gestoras
Pit Money disse que era trader, sofreu bastante com alavancagem e especulação e agora decidiu focar na estratégia long only.
Episódio 1.
Resumo aqui.
MWR x TWR
Houve a comparação entre MWR (Money weighted return) x TWR (time weighted return). MWR representa o quanto o investidor de fato ganhou enquanto TWR mostra o quanto que a cota se valorizou.
O ponto é que às vezes temos fundos com uma performance da cota fantástica mas poucos conseguiram surfar completamente ela: aplicam em cota alta e resgatam em cota baixa.
Luis comentou que justamente por isso seu fundo não terá um patrimônio relevante. Ele gosta de girar a carteira frequentemente e ter um patrimônio acima de 1 bilhão de reais pode inviabilizar algumas operações.
Construtoras
Ambos entendem que de maneira geral construtoras estão caras na bolsa e que provavelmente o maior vencedor será o dono do terreno.
Luis gosta da JHSF por ter um landbank grande e Pit Money gosta de EzTec por causa da sua baixa alavancagem (foi a construtora que fez menos cagada no último boom).

Episódio 2
Resumo aqui.
Enquanto Pedro gosta da B3 por ser um monopólio sem controlador, Bruno preferiria que a B3 tivesse um controlador. Um dono para tocar a companhia. Existem casos e casos.
BR Malls não tinha controlador e o antigo dono era muito bem remunerado. Demais até. E Equatorial não tem controlador e sempre entregou. Entendo que a B3 se enquadre no segundo caso.
Pit Money não acredita em um novo player. Assim como no caso da Cielo, tendo potencial de crescimento e margens altas, eu acredito que concorrência consegue entrar.
Luis disse que tentou viabilizar a entrada de uma nova bolsa no Brasil mas esbarrou na questão da regulação.
O efeito colateral do monopólio é que algumas empresas estão decidindo listar lá fora e não se submeter à bolsa. Como Luis comentou: “a sua margem é a minha oportunidade”.
IRB/BIDI
Luis vendeu BIDI e permanece com BIDI.
Luis entende que dinâmica de juro zero em vários países faz com que alguns investidores tenham maior paciência à não geração de caixa no curto prazo (talvez até no médio/longo prazo). E que podemos ter uma ressaca em empresas que entregam crescimento (e não geram caixa) caso ocorra a alta de juros de maneira global.
Episódio 3
Resumo aqui.
Comentaram sobre a arbitragem de RH: há muita escola no Rio de Janeiro e pouca demanda por ex aluno (Petrobras e concursos públicos pararam de contratar).
Short é bom para a sociedade: se ninguém avisar para a sociedade que algo está errado, ninguém vai perceber.
Bovespa + -> comentaram que poderia ser uma oportunidade para viabilizar mais empresas a listarem na bolsa (pois temos mais gestores que empresas listadas na bolsa).
Em linha com os gestores entrevistados, Luis gosta de empresas de saúde verticalizadas (por fazerem apenas o plano de saúde realmente necessário). Inclusive ele está comprado em HAPV.
Questionaram se não fazia sentido ficar vendido em FLRY (que foi bem pior que GNDI/HAPV no ano). Luis lembrou que não óbvio short em FLRY por se tratar de case diferente.
E eu acho que FLRY já caiu demais, agora tem upside.
Episódio 4
Resumo aqui.
Discutiram sobre a japoneização da economia: mesmo com juros baixos, mundo não está crescendo.
Olhando para juros, esse conceito faz sentido. A grande pergunta que fica é o que irá acontecer em uma futura alta de juros.
O grande problema (no curto prazo) é aceitar qualquer coisa.
Episódio 5
Resumo aqui.
Gestores usam opção para proteger a carteira, mas Luis da Forpus não gosta de comprar as opções que eles compram (at the Money).
Forpus gasta por volta de 4 – 5% do patrimônio do fundo no ano comprando opções, mas compram bem fora do dinheiro. Quando dá certo, dá muito certo.
Shoppings
Pit Money entende que shopping é majoritariamente lazer, não apenas um centro de compras.
Luis comentou que o número de shoppings per capita no Brasil é diferente dos EUA (eu discordo desta linha de raciocínio, mas ok).
Vendas online possuem um potencial fenomenal para crescer, mas é ainda muito pequeno.
Episódio 6
Resumo aqui.
Entrevistou Leonardo Linhares, da SPX.
Carioca é um contestador por natureza (vulgo marrento).
É muito importante evitar group thinking para não ter comodismo com a situação atual.
E ter ambas atribuições é muito importante: analista (faz conta) + trader (timing).
Tirando juros, economia e redução de custos ainda não vieram.
Feedback geral
Leblon possui opiniões distintas.
Pit Money
Ação da vida -> WEG
Pior erro -> não entrar em boas empresas pois achava que estava caro. No horizonte, no longo prazo, não tem problema. Só falta ele concluir que preço não importa.
Grande ponto do Pit Money -> entregador do Rappi reconheceu ele e disse que comprou ação da Itaúsa por causa dele.