Primeiro episódio da série Stock In Rio
Os gestores entrevistados foram Flavio da Polo Capital e Breno da Studio.
Rio x SP
Salomão começou questionando sobre o motivo de terem tantas assets no Rio, responderam que algumas assets antigas como Opportunity/Dynamo fizeram história e serviram de inspiração para criação de novas gestoras.
E em São Paulo há muita coisa a ser feita (tesouraria, crédito, investment banking, etc), pois os grandes bancos ficaram em São Paulo. Rio de Janeiro virou então nicho de gestores de fundos de ação.
TWR x MWR
Breno comentou sobre grandes alocadores de sucesso (citou David Swensen) e a diferença entre TWR (time weighted return) e MWR (money weighted return).
Em gestão de fundos, TWR é a performance da cota e MWR é quanto que o investidor efetivamente ganhou de dinheiro.
O fundo normalmente começa pequeno, tem uma performance boa, capta muito dinheiro, piora um pouco a performance e cotista normalmente resgata no pior momento.
Deu exemplo da bolha de tecnologia nos EUA em 2000 – 01: olhando o ciclo como um todo, TWR entregou 1% e MWR entregou -70%. Ou seja, muita gente colocou no high do ciclo e tirou quando as coisas começaram a piorar.
Ele se preocupa com o cliente, para que ele possa permanecer por um bom tempo no fundo, aguentar a chacoalhada.
O ponto é entregar diversificação, margem de segurança boa e sizing (tamanho da posição).
Polo
Não faz value investing, procura assimetrias de valor.
Traça vários cenários e atribui probabilidade. Faz uma matriz de sensibilidade e tira conclusões: tanto relativas quanto absolutas.
Prazo de investimento costuma ser 12 – 24 meses.
Real Estate
Valuation está esticado (concordo com isso) e não há muita barreira de entrada.
A grande diferenciação é localização (terreno), então entende que terrenistas terão poder de barganha e ganharão bastante dinheiro no ciclo atual do mercado. E quem tem um bom banco de terrenos irá sair na frente (citaram Helbor e Trisul).
Lembrando que Trisul tropeçou antes da crise, por isso sofreu menos que outros na crise. Arrumou a casa antes e saiu mais rápido da crise.
Marcelo Hannud (gestor XPLG): Toda construtora se ainda não quebrou, um dia vai quebrar. Os donos de construtora não sabem dosar e fazem lançamento demais no momento bom do ciclo.
Baixa renda está com valuation razoável (Polo entrou no IPO da Tenda e até hoje é acionista).
BPAN
Tem múltiplos similares ao Itaú mas tem crescimento (embora tenha patinado no passado e quase morrido).
Possui exposição a crédito, enquanto as fintechs ainda não conseguiram entrar neste segmento.
BRDT
Companhia possuía um nível muito baixo de rentabilidade, tem muito mato alto.
A oportunidade por sair de ser estatal (embora esteja vendendo este peixe desde o IPO e não entregou muito).
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2 comentários em “Stockpickers #26.1”