Stockpickers #26.1

Primeiro episódio da série Stock In Rio

Os gestores entrevistados foram Flavio da Polo Capital e Breno da Studio.

Rio x SP

Salomão começou questionando sobre o motivo de terem tantas assets no Rio, responderam que algumas assets antigas como Opportunity/Dynamo fizeram história e serviram de inspiração para criação de novas gestoras.

E em São Paulo há muita coisa a ser feita (tesouraria, crédito, investment banking, etc), pois os grandes bancos ficaram em São Paulo. Rio de Janeiro virou então nicho de gestores de fundos de ação.

TWR x MWR

Breno comentou sobre grandes alocadores de sucesso (citou David Swensen) e a diferença entre TWR (time weighted return) e MWR (money weighted return).

Em gestão de fundos, TWR é a performance da cota e MWR é quanto que o investidor efetivamente ganhou de dinheiro.

O fundo normalmente começa pequeno, tem uma performance boa, capta muito dinheiro, piora um pouco a performance e cotista normalmente resgata no pior momento.

Deu exemplo da bolha de tecnologia nos EUA em 2000 – 01: olhando o ciclo como um todo, TWR entregou 1% e MWR entregou -70%. Ou seja, muita gente colocou no high do ciclo e tirou quando as coisas começaram a piorar.

Ele se preocupa com o cliente, para que ele possa permanecer por um bom tempo no fundo, aguentar a chacoalhada.

O ponto é entregar diversificação, margem de segurança boa e sizing (tamanho da posição).

Polo

Não faz value investing, procura assimetrias de valor.

Traça vários cenários e atribui probabilidade. Faz uma matriz de sensibilidade e tira conclusões: tanto relativas quanto absolutas.

Prazo de investimento costuma ser 12 – 24 meses.

Real Estate

Valuation está esticado (concordo com isso) e não há muita barreira de entrada.

A grande diferenciação é localização (terreno), então entende que terrenistas terão poder de barganha e ganharão bastante dinheiro no ciclo atual do mercado. E quem tem um bom banco de terrenos irá sair na frente (citaram Helbor e Trisul).

Lembrando que Trisul tropeçou antes da crise, por isso sofreu menos que outros na crise. Arrumou a casa antes e saiu mais rápido da crise.

Marcelo Hannud (gestor XPLG): Toda construtora se ainda não quebrou, um dia vai quebrar. Os donos de construtora não sabem dosar e fazem lançamento demais no momento bom do ciclo.

Baixa renda está com valuation razoável (Polo entrou no IPO da Tenda e até hoje é acionista).

BPAN

Tem múltiplos similares ao Itaú mas tem crescimento (embora tenha patinado no passado e quase morrido).

Possui exposição a crédito, enquanto as fintechs ainda não conseguiram entrar neste segmento.

BRDT

Companhia possuía um nível muito baixo de rentabilidade, tem muito mato alto.

A oportunidade por sair de ser estatal (embora esteja vendendo este peixe desde o IPO e não entregou muito).

Clique aqui para ler o Stocpickers #25

2 comentários em “Stockpickers #26.1”

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