Thiago Salomão conversou com Marcelo Cavalheiro (#25), Leonardo Rufino (#26), Paolo di Sora (#27), Fabiano Cintra (#28) e Guilherme Giserman (#29)
Coffee Stocks #25 – 28/abr/20
Thiago Salomão conversou com Marcelo Cavalheiro da Safari
Alocação
Início do ano era a expectativa de que seria o primeiro ano de crescimento consistente do Brasil. Estava muito comprado em Brasil quando a crise começou, a preocupação na verdade era com eleições nos EUA.
Decidiram reduzir bastante o portfólio. Antes gostavam de ter mais de uma ação do mesmo setor (por gostar de empresas que estão em momentos diferentes), mas decidiram alocar apenas nos líderes (eles sobreviverão à crise)
Foco em empresas que vão sair da crise, as melhores do seus respectivos setores e consequentemente possuem menor risco
Exportadoras -> JBS/VALE
NTCO -> empresas investiu bastante nas operações online
Aéreas -> zerou
Varejo
Crise chegou quando a coleção de verão ainda não tinha sido liquidada e ainda não tinham pago a coleção de inverno -> pressionando o capital de giro das empresas
Prefere se expor ao varejo online, comprando MELI, MGLU e BTOW. Houve uma forte migração para o comércio online, tanto de quem já comprava quanto de quem nunca comprou
Possuem um pouco de VVAR pelo upside
VVAR não quebra por estar vendendo muito no online e indústria entende que é ruim ficar na mão de um único player
MELI tem sellers menores e pode ter algum problema com eles.
MGLU fez oferta recente e não tem problema de liquidez
Concessionárias
Não possuem estoque/capital de giro. Devem sofrer no curto prazo com a crise, mas deve haver uma repactuação (alongamento do prazo de concessões)
Tamanho das posições
Gosta de concentrar, maioria possui por volta de 7%
8.5% em S&P, 7% CCR, 5% MGLU
Melhor live
Ray Dalio
Coffee Stocks #26 -29/abr20
Leonardo é sócio fundador da Pacífico, fundada em 2011
Thiago Salomão entrevistou eles ano passado, clique aqui
Estratégia
Começaram o ano com a carteira posicionada para a recuperação brasileira. Dados de curto prazo mostravam uma melhoria, mas infelizmente a realidade mudou
A crise da covid vai passar, mas o efeito econômico não; Precisamos de mais reformas ou aumento de impostos
A crise não é boa para ninguém, mas ao investir em empresas sólidas o impacto é menor
Aumentaram posição em algumas empresas que já tinham e que consideram que serão pouco afetadas pela crise: VALE, RAIL, RADL, PSSA.
Reduziram exposição em small caps por entender que prêmio de liquidez deve ser maior: VIVA, GRND, AMAR
Reduziram também exposição ao setor de saúde por causa do noticiário, mas a queda foi mais intensa que imaginavam. Aumentaram SULA e GNDI, compraram FLRY
Zeraram posição em empresas que podem passar por mudanças estruturais: BRML, ELET, VVAR
Compraram TOTS, ALUP, CPFE por upside
NTCO -> possuem desde 2018; Virou uma empresa internacional, que tem pouca exposição a Brasil. Países desenvolvidos devem sair antes da crise, auxiliando a recuperação da Natura. Exposta a dólar e as sinergias com Avon não estão na conta do consenso
TOTS > empresa fez um ótimo turnaround e tinha bom upside. Boa parte das receitas são recorrentes, o que reduz o impacto da crise
CPFE -> mais para diversificar a exposição de EQTL. Ela está exposta a regiões menor problemáticas na crise (SP e RS)
ALUP -> transmissão de energia é parecido com NTNB. A diferença é que NTNB negocia a inflação + 5% e ALUP negocia a inflação + 9%
SULA -> negocia a 9x P/E se tirar o caixa da venda do segmento de automóveis. Compraram SULA em 2008 a 6x P/E
Não tem empresa com endividamento elevado, mas reconhece quando a dívida é muito grande o problema na prática acaba sendo dos bancos e não da empresa
BRKm -> já teve, mas a queda do petróleo não necessariamente será bom para ela. Ciclo petroquímico pode ficar ruim por alguns anos. Relação risco x retorno não faz sentido no momento
Live recomendada
Coffee Stocks #27 – 30/abr/20
Thiago Salomão conversou com Paolo di Sora, da RPS Capital
Mercado
Mercado está leve, com gringo pouco posicionado em mercado emergentes e Brasil. Está otimista devido ao juro baixo e com expectativa de poder sair da quarentena
O mercado lá fora é muito posicionado nesse case de tecnologia e os resultados corporativos estão vindo muito bons. Não devemos ter realização nas bolsas lá fora
O maior risco é a possível segunda onda do vírus, que não está precificada
Brasil ainda não fez testes o suficiente e está ocorrendo o underreporting
Abril está sendo um mês bom, depois de um março muito ruim. Entende que deve ter uma puxada de final de mês para mostrar uma cota bonita
Bolsa
Gringos saíram, fundos macro também. Quem segurou a bolsa no final do dia foi a pessoa física que, por causa do juro baixo, não deve vender tão cedo
Com exceção de segunda onda de corona vírus e saída do Guedes, entende que bolsa não realiza
Sim, bolsa anda antes da recuperação da economia. Se for esperar recuperação, vai comprar bolsa nos 150 mil pontos
Dólar
Acredita que dólar volta para 5 baixo
Alocação
Gosta de exportadoras, empresas que dependem menos de Brasil: VALE, SUZB, JBS
Opções
Estão caras, mas na hora da loucura, está valendo
Impeachment Será um processo longo, mas gosta do Mourão
Coffee Stocks #28 – Fabiano Cintra 4/mai/20
Fabiano Cintra é responsável pela área de fundos internacionais da XP
Decisão alocação fora do Brasil
Hoje investir fora deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade, por causa dos juros reais baixos e situação fiscal do Brasil desafiadora
O ser humano só se mexe quando há necessidade, hoje apenas 1% dos brasileiros investem fora do Brasil
Como alocar
ETF, BDR e fundos
O viés doméstico ainda é muito forte, apenas aloca no que é familiar. Há 350 empresas listadas no Brasil, enquanto há 20 mil lá fora
Mesmo não sendo investidor qualificado, dá para investir lá fora via ETFs ou fundos
Impacto câmbio
Não precisa se expor à moeda, há fundos com câmbio e sem câmbio
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Coffee Stocks #29 – 05/mai/20
Guilherme Giserman é o estrategista global da XP Investimentos
Resultados das empresas americanas
Mais de 70% do S&P já divulgou e resultados vieram em linha. Empresas de growth caíram 6x menos que value e tech caiu 14x menos que energia, por terem maior qualidade de resultados
S&P está negociando a 22x P/E, está caro
NFLX -> resultado foi bom, mas caiu no dia seguinte por ter sido em linha com consenso
AMZN -> resultado muito bom, guidance para próximo trimestre mostra que não deve dar lucro. Teve muito gasto não recorrente e bateram no papel
TWTR -> houve queda na receita com propaganda, surpreendendo negativamente o mercado. Empresa depende de eventos presenciais para gerar leads de propaganda
GOOG -> teve ganhos fortes com propaganda
FB -> mostrou resiliência nas receitas de publicidade
MSFT -> inovou e conseguir ir bem nessa crise
AAPL -> estrutural é desafiador; estão entrando no mercado de preços mais baixos para penetrar nesse segmento uma vez que a base dos clientes dela é de alta renda, Guilherme prefere história de crescimento da Amazon
Saúde -> é um setor beneficiado e deve responder bem à crise. Observar Granolas, Glaxosmithkline, Roche, ASML, Nestle, Novartis, Novo Nordisk, L’Oreal, LVMH (Louis Vuitton), Astrazeneca, SAP e Sanofi.
Buffett -> está cauteloso, saiu de aéreas e assumiu o erro. Apple está entregando bons resultados e ele mantém. Ainda não acha que mercado bateu a low
Peloton -> fornece equipamento e conecta na internet para fazer exercício. Ainda queima caixa, mas está consolidando o mercado
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