Stockpickers #49

Thiago Salomão conversou com Victor Arakaki (Morgan Stanley) e George Kerr (Wellington) sobre os fundos que estão oferecendo na XP

Investir fora do Brasil

O primeiro passo é reduzir o home bias, de investir apenas no país em que você mora

Ambos fundos entregaram information ratio acima de 1 (Retorno do fundo menos benchmark dividido pelo desvio padrão), demonstrando boa geração de valor aos cotistas

No Brasil há em torno de 400 empresas, enquanto no mundo como um todo há 52 mil.

Brasil representa 1% do valor de mercado global e 3% do PIB global, demonstrando que há muitas oportunidades lá fora

BRA x EUA

Enquanto o Ibovespa possui 72 empresas, o S&P 500 tem 500 empresas.

Após corona o grande vencedor será o setor de tecnologia, no qual o Brasil possui pouca exposição

EUA deve se recuperar mais rapidamente que Brasil: EUA imprime dinheiro, tem menor risco político e surfa a tendência secular da digitalização

Por que o brasileiro não costuma investir fora?

Até 2015 para poder investir fora você deveria ter ao menos 1 milhão de reais e enviar pelo menos 1 milhão de reais. Isso mudou e o fundo da Wellington tem aplicação mínima de 5 mil reais

A SELIC sempre foi alta, o que impedia o investidor a procurar outros ativos por já ter uma rentabilidade alta sem risco

Muitos acreditavam que conseguiam diversificar ao investir em empresas multinacionais brasileiras, ao invés de investir em campeões globais

Morgan Stanley

Possui carteira concentrada (25 a 40 ações), não fazem gestão de caixa, não compra ações só por elas estarem no índice e 80% da performance do fundo vem do stockpicking

Enquanto gestores brasileiros olham para os 72 ativos do Ibovespa, eles olham para 3047 ativos do índice.

Possuem grande convicção: 10 principais papeis representam mais de 50% da carteira

Pelo menos 25% da remuneração dos funcionários vai para o fundo

Faz uma simbiose entre valor, crescimento e qualidade.

Olham ESG e procuram descobrir quem será disruptor e disruptado (caso da Blockbuster e Toys R Us)

Historicamente fundo possui correlação baixa (até negativa) com FIAs

Como empresas de utilities/energy não possuem crescimento, não alocam nestes setores

Não focam exclusivamente em dividendos pois se houver algum problema a empresa pode parar de pagar o dividendo

Gostam de Amazon

Wellington

Assim como Morgan Stanley, foca no bottom up

Procuram empresas que: (i) crescem acima da média, (ii) possuem qualidade, (iii) upside interessante, (iv) devolve dinheiro ao acionista e (v) fundamentos melhoram continuamente

Possuem 69 papeis na carteira

Não focam em lucro de 2020/21 e sim nos próximos 10 anos, as grandes tendências

Never bet against America

Buffett disse que não deveria apostar contra os EUA

Responderam que Buffett não estava errado, mas que não era necessário se limitar aos EUA. Questionaram o tamanho do PIB chinês e a sua importância em termos globais

Mais da metade do fundo está nos setores de tech/healthcare

Gostam de netflix, Roche, Ali Baba, Tencent, Electronic Arts e Microsoft

Investir em fundo em dólar ou em reais?

Tanto faz, o importante é ter exposição a moeda forte na carteira

Nos momentos em que o real se apreciou, o mercado estava mais tomador de risco. Consequentemente bolsas performaram bem

Clique aqui para ler sobre o Stockpickers #47.1 e 47.6

2 comentários em “Stockpickers #49”

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