Salomão entrevistou novamente Daniel Delabio, para fazer um resumo sobre o ano de 2019.
Mesmo sofrendo com a bolsa argentina, Delabio entregou 13.39% em 2019 (mais de 200% do CDI).
Para ler a primeira entrevista do Delabio, clique aqui
Eles estavam comprados em Argentina (tanto ações quanto bonds) e houveram as eleições primárias (que dá uma noção para a eleição). Historicamente, a tendência das primárias era puxar mais para o candidato de esquerda. Mas houve uma diferença muito grande entre Macri e Alberto.
No dia seguinte (segunda feira) houve uma queda rápida de 60% em dólar. Delabio pensava em vender algo se caísse 20%, com -60% não fazia mais sentido vender. Ele reduziu um pouco de ações e aumentou bonds. Ações caíram mais e bonds voltaram um pouco.
Fundo caiu 17% no mês (em agosto), sendo que 12% foi Argentina. Mas olhando para o ano fechado, entregaram 220% do CDI.
Em dezembro Brasil salvou o fundo e Argentina melhorou um pouco na margem.
Desastre
Mercado precificou um desastre na Argentina, se não for algo tão ruim há algum upside.
Bond da Argentina estava sendo negociado a 30% do valor de face (última renegociação foi 35%), Venezuela negocia hoje a 20% do valor de face e Cuba a 2 – 3% do valor de face.
Resgates
Colazzo disse que o fundo perdeu por volta de mil cotistas. Em termos financeiros, houve 250 milhões de reais de resgate e 200 milhões de aplicação. Em termos líquidos, foi uma pequena saída.
Delabio entende que ser transparente ajudou bastante
Alguns investidores entenderam, outros não. Não procuraram culpados no time, todo mundo era responsável.
Cases
Delabio gosta de shoppings na Argentina (provavelmente Cresud), não gosta de bancos (por entregarem uma rentabilidade abaixo da inflação) e nem energia (pelo risco de regulação).
Delabio gosta de COPA e de Linx
Países
México está “dilmando”, Chile está com problema para se resolver-> Brasil está ganhando de WO de peers na América Latina. Mas lembra que nem tudo está barato: empresas de homebuilders estão negociando a 3 vezes o valor patrimonial e BRML está negociando a 22x EV/EBITDA (por mim está umas 15x).
Hoje está short em México e entende que Chile está barato.
Foco 2020 é não perder dinheiro de potencial de correção.
CAML
É a maior empacotadora de alimentos do Brasil, lucro cresceu mais que a receita nos últimos anos (alavancagem operacional), é líder no setor com 9% (oportunidade consolidação), player de menor custo e possui marca (consegue cobrar prêmio versus a peers).
Houve uma queda de margem recente devido à competição e entendem que tem upside.
Renda Fixa
Mercado de crédito privado é uma alternativa para quem quer sair do tesouro direto.
Para entender melhor sobre o que aconteceu em 2019 com crédito privado, clique aqui.
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