Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Marcelo Lopez (L2) e Fernando Araújo (FCL) no Stockpickers #60 e com com Beatriz Fortunato (Studio) e Rodrigo Heilberg (HIX) no Stockpickers #61, Lucas Collazo conversou com Sergio da Hashdex e Samuel Ponsoni conversou com José Tovar e Bruno Garcia da Truxt
Stockpickers #60
Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Marcelo Lopez (L2) e Fernando Araújo (FCL) Ep 8 e 21
Já falaram com esses gestores em episódios recentes aqui e aqui
Marcelo procura oportunidade de investimento nos mercados globais e Fernando toca a FCL, focando em garimpar oportunidades não exploradas, empresas que não são terra de ninguém. Tentar buscar valor em lugares não óbvios
É mais fácil ganhar dinheiro com Fogo de Chão que em Facebook/Google pois são visados por muita gente
L2
Durante a crise não fizeram nada. Urânio subiu muito e empresas listadas subiram bastante. Há déficit na relação oferta x demanda. Consumo constante e oferta desmoronou
Como diversificação faz sentido ter urânio.
Há uma demanda crescente (China, Índia, Brasil) e comprador costuma aceitar qualquer preço
Energia nuclear é a energia mais limpa
Depois do acidente em Fukushima Japão fechou todas as plantas, mercado ficou bear e depois Japão voltou a demandar urânio. Estamos em um bull market
FCL
Matchpoint foi o maior case do fundo, saiu recentemente.
Pandemia trouxe clímax de pensamento de que coisas irão mudar de maneira estrutural. Fugiram da Nasdaq
Nenhuma bolha vem do nada
“o sábio faz no começo, o tolo faz no final”
Hoje estamos entrando em território de bolha e com a força do varejo, mas é difícil saber quando bolha irá estourar. O termo exuberância irracional foi cunhado em 1996 e a bolha explodiu de verdade em 2000.
Europa hoje negocia a múltiplos muitos baixos
Marcas europeias conferem prestígio. Possui Montclear (17x P/E) e Carlsberg
Observar margem e posicionamento
Stockpicking no home office
Pior parte é não poder viajar e conversar com pessoas
Lado bom é que ganha tempo por não pegar trânsito
TLSA
Marcelo ficou short 2x e ganhou dinheiro em ambos shorts
Quanto mais hype estiver na empresa, mais ela vai subir.
Tesla ficou 15 anos recebendo subsídio do governo e não deu lucro. Agora com competição vai sofrer mais
Brasil
Prefere Fleury que HAPV/GNDI por ROIC melhor, management melhor, histórico melhor
Comprou BRML quando caiu na quarentena.
Outros países
Comprou banco estatal russo (VBB) por negociar a 3x P/E e banco indiano especializado em hipotecas
Funerária chinesa -> 40% do faturamento é serviço funerário e não pode ser realizado na pandemia. Ele deve ser um grande consolidador do mercado
Transporte marítimo
Setor importante para economia mundial, mais de 90% do comércio é via marítima. Frontline saiu de 10 USD/share e bateu 400 USD/share
Há empresas com 4x P/E e negociando abaixo NAV
Stockpickers #61
Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Beatriz Fortunato (Studio) e Rodrigo Heilberg (HIX)
Studio
Beatriz formou na UFRJ e começou a carreira no Opportunity. Foi para ARX (saiu quando teve a venda para Mellon) e está na Studio desde então
Teses micro são mais fáceis de serem acompanhadas
EQTL -> maior alfa da carteira. Ainda possuem mas não é principal papel.
Começam a vender quando TIR real atinge 6%. Saneamento pode acontecer mas é um long shot
Posições ficam em média 2 anos na carteira
Quantidade de gestoras é muito grande. Concorrência cada vez é mais difícil
Empresas vencedoras eram as mais eficientes, fazer OBZ. Hoje é inovação
HIX
Tentam mesclar mercado financeiro com economia real
Querem investir em empresas com mercado que cresce, precisa investir pouco para ser rentável, pessoas boas e ser barata -> na prática não existe
Tenta achar algo fora do consenso do mercado
Para pegar o peixe grande precisa pegar o peixe pequeno antes
Faz top down e bottom up
Nem muito vendido/comprador a dólar/juros, etc
Não gosta de perder dinheiro mas tolera volatilidade
Discurso de CFO/CEO é muito bom, precisa entender o chão de fábrica. No final quem executa é o middle manager
Entender opcionalidade não precificada. Em 5 – 10 anos pode mudar o setor e a empresa sobreviver ou não?
Quanto mais olha para o futuro, mais arriscado é o investimento
XP x BTG
Tese do financial deepening. 90% dos produtos bancários estão nos grandes bancos
Com a crise as pessoas poderiam ficar com medo e migrar para grandes bancos. Mas isso não aconteceu. BTG cresceu AuC
Posição maior em BTG que XP, por ter múltiplos mais baixos
Resultado tesouraria, IPO deveria ajudar BTG
ABC empresta dinheiro para grandes empresas. Dá dinheiro com garantias e dá retorno adequado
Setor de crédito no middle já é bastante competitivo, fintechs não deveriam disruptar esse segmento
Bancos vão sofrer muito e XP/BTG já estão com valuation esticado (assimetria não é óbvia)
Se Brasil ficar mais competitivo retorno da XP deve cair. 2% atual para 0.3% na Charles Schwab
Beatriz lembrou que XP/BTG podem gerar novas fontes de receita/frentes de crescimento
Bancos estão baratos, tem pouco para perder. Dar crédito é muito fácil, problema é a gestão deles. Fintechs estão pegando o filé mignon (cartão de crédito), não gostam de pegar dívida para LREN a CDI + 0.5%
SQIA
Rodrigo gosta de SQIA, ela faz software para instituições financeiras
Ela fez vários M&As, é uma consolidadora do mercado
Mercado está em uma tendência secular de desconcentração e SQIA irá surfar nisso
Papel não tem upside hoje, mas há opcionalidades
STNE
Studio tinha STNE, mas saiu com medo por possível introdução do PIX
Olhando para Índia, “PIX” deles ganhou 25% do mercado em 3 anos
Melhor investimento da vida
Beatriz – EQTL
Rodrigo – SQIA
Pior investimento
Beatriz – Real estate
Rodrigo – GBIO
TBT #3
Lucas Collazo entrevistou Stefano Sergole (sócio da Hashdex)
Histórico
Sergio trabalhou em mesa de operação e depois foi para a tecnologia
Hashdex
Hashdex nasceu para dar acesso para uma classe de ativo de maneira mais segura.
Bitcoin
Sergio lembrou que o protocolo bitcoin é único e não pode ser copiado
A primeira função é transacionar informação e a segunda é democratizar confiança
Ele enxerga criptoativos como uma porta de entrada para participar de uma rede e também como uma opção para se defender em um cenário inflacionário.
Criptoativos possuem correlação baixa com outros ativos, o que pode melhorar relação risco x retorno do portfolio
Montagem da carteira
Analisam (i) know your client; (ii) custódia; (iii) liquidez mínima de 4 milhões de dólares diariamente; (iv) representar pelo menos 0.25% do mercado total para incluir determinado criptoativo no fundo
Peso alvo
Vol da sua carteira ao quadrado dividido por 40 -> alocação deveria ser entre 1 e 5%
Outliers #8
Samuel Ponsoni conversou com José Tovar e Bruno Garcia da Truxt
Histórico
Tovar nasceu no Rio de Janeiro, se formou na PUC RJ. Trabalhou no JPM até fusão com Chase em 2000 e foi fundar a ARX.
Acreditava que indústria de fundos iria crescer
Vendeu ARX para Mellon em 2008 e em 2017 montaram a Truxt
Bruno nasceu no Rio de Janeiro e se formou na Truxt. Foi para ARX e foi para Truxt junto com Tovar
Piores crises
Tovar
88 – 89 -> marcou como cidadão, com fiscal horroroso
2008 -> mercado financeiro vivia a crise e mundo real não percebeu
Bruno
2002 -> eleição Lula -> aprendeu importância da liquidez
2008 -> tudo foi posto sob desconfiança (risco de contraparte)
Não basta estar certo, precisa estar solvente
Maior erro de gestão
Cometer o mesmo erro pela segunda vez
Falta de liquidez em ações
Value trap -> foca muito no quantitativo e subestima capacidade de gestão fazer cagada
Pilares Truxt
Dedicação, adaptação, meritocracia, preservação de capital, alinhamento de longo prazo com cliente e controle de risco
Problema de alguns fundos é que acabam não gerando valor quando crescem demais
Diferenciais da Truxt
Trabalha junto há muito tempo, faz top down e bottom up. Estão tentando internalizar research de outros países
Estratégias
Estratégia macro -> mid vol, preservar patrimônio
Long short -> pouca capacidade; ações que você gosta x ações que você não gosta; produto era popular com CDI alto. Pagando aluguel e performance do short, ainda tem de pagar a taxa de administração, larga com -3.5%. Gosta de varejo online. Opera eventos
Meta é CDI + 4%, vol entre 2 – 3%, gross exposure 80 – 100%
Long bias -> exposição líquida oscila bastante; tem maior liberdade; benchmark -> tenta proteger a carteira (benchmark no CDI)
Long only
As empresas costumam estar em todos produtos, há overlap muito grande
Macro
Desafio é alocação marginal do tempo, separar ruído e sinal
Performance
Teve menos risco no começo do ano. Após 12 – 13 anos de expansão ininterrupta haveria uma correção. E não entraram cedo na recuperação. Esperaram um pouco mais que peers
IBOV é um dos piores performers do ano, estão mais otimistas com IBOV que bolsas lá fora
30% do bônus vai para o fundo e tem lock up de 1 ano
Novas lições para esta crise
Preservação de capital, não alavancar
Como analisar gestão
Experiência time e como time se comportou ao longo do tempo. Precisa de 10 anos para ver se mandam bem, entender performance na bonança e na crise
Qualidade equipe gestão, não gosta de fundo de uma única pessoa
Clique aqui para ler sobre o Outliers #7
2 comentários em “Stockpickers #60 #61 TBT #3 Outliers #8”