Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Verde e Real Investor no episodio 51, com B3, RPS e Occam no episódio bonus e Samuel Ponsoni conversou com Mario Toros e Rodrigo Azevedo da Ibiuna
Stockpickers #51
Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Pedro Sales (Verde) e Cesar Paiva (Real Investor)
Pedro comentou sobre o seu histórico e diferenças entre Sthulberger (foco longo prazo) e Jakurski (curto prazo).
Uso do caixa
Pedro costuma alocar todo caixa que possui no fundo long only.
Cesar aloca de acordo com o preço dos ativos: ativos muito baratos -> pouco caixa; ativos muito caros -> muito caixa
O consenso foi que ambos usaram o caixa cedo demais nesta crise do coronavirus e que a destruição de valor não foi tão grande a ponto justificar a queda que papeis tiveram.
Olhando historicamente, toda questão de saúde que ocorria nos últimos anos era um buy opportuniy. Infelizmente essa não foi algo tão óbvio/previsível
Tendo paciência, vale a pena investir em ações agora. Mas é importante tomar cuidado pois algumas empresas podem não voltar da crise
Alocação
Verde reduziu bastante plano de saúde no início da crise, mas quando entendeu que o impacto seria menor que o esperado, voltaram a aumentar os papeis GNDI/HAPV
Pedro argumenta que empresa integrada não ganha dinheiro com UTI cheia, ela precisa rotacionar os clientes. -> proposta é deixar paciente até ele se recuperar e depois deixar disponível para o próximo
Pedro também lembra que apenas 25% dos brasileiros possuem plano de saúde, trazendo um enorme potencial/avenida de crescimento para as empresas listadas na bolsa
PETR -> vai ter virada de ciclo, teremos queda de produção e petróleo volta a negociar a 50 USD/bbl (a pergunta é quando)
BRDT -> management bom e empresa está barata
VALE -> Verde zerou em abril por medo de minério cair (mas minério continuou subindo), enquanto isso é a principal posição do fundo
Bancos -> Real Investor tem BBAS e BRSR, por valuation. Possui também BBDC3 e ITSA; ITUB é o ativo que mais gosta, mas está muito caro
BBAS está amassado por medo de ocorrer interferência estatal
Pedro tem consciência dos riscos dos bancos (ataque de reguladores e de fintechs), mas valuations chegaram a um ponto barato. Possui 10% do fundo em BBAS/BBDC/ITUB
EQTL -> maior posição do fundo, é ‘religião”
ALSO -> mesmo com desafio de shoppings, ativo está sendo negociado entre 8 – 9 k/m2 (enquanto o custo de reposição seria 10 k/m2). Cap rate estimado do Cesar é 14% (depende muito do faturamento, pois não estão faturando agora)
Cesar entende que pessoas gostam de perpetuar momentos ruins e é uma boa oportunidade ser contracíclico
Cesar acredita que homeoffice talvez não seja algo para todos
B3 -> Verde gosta e Real Investor possui medo da concorrência. Pedro lembra que nem tudo pode ser copiado pela concorrência, como clearing, e eles já botam na conta menor margem/menor crescimento quando fazer valuation da B3
Melhor investimento
Pedro -> EQTL
Cesar -> EZTC
Pior Investimento
Cesar -> SLED
Pedro -> CTAX
Pedro aprendeu a controlar o tamanho da posição e não investir em setores com barreira de entrada baixa
Investimento que deixou passar
Ambos -> MGLU
Cesar gosta de CCP e SHUL
Stockpickers bônus – circuit breakers
Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Carlos Eduardo “Duda” Rocha, da Occam, Cícero Vieira, da B3 e André Komatsu, da RPS Capital
Circuit breaker
-10% -> bolsa fica parada por 30 min
-15% -> bolsa fica parada por 1h
-20% -> bolsa fica parada por tempo indeterminado
O que acontece?
Robos costumam extrapolar uma tendência e após 2008 bancos tiveram menos capital para defender -> quando cai, costuma cair mais forte
Occam não bateu limite de risco, mas lembra que liquidez caiu muito. Focou em achar distorções de mercado
Circuit break acontece e sempre acontecerá. Se preparar para quando isso pode acontecer
RPS operou bastante via opções e entender a posição ajustada pelo risco
Controle de risco é feito o tempo todo
Short selling -> modelo brasileiro é diferente de outros mercados: lá fora não tem clearing, aqui tem clearing. Há limite por asset/banco e por papel
Outliers #3
Samuel Ponsoni entrevistou Mario Torós e Rodrigo Azevedo.
Histórico
Rodrigo trabalhou no Garantia, no Credit Suisse e depois acabou indo para o Banco Central. Ele foi substituído pelo Mario Torós. Depois, com a saída do Mario no Banco Central, criaram a Ibiúna
Rodrigo entende que ir para o Banco Central é um desafio intelectual, pois as pessoas sempre falam mal do Banco Central. Sentir na pele é algo diferente
Mario começou no ING, foi para o Santander e depois para o Banco Central
Cada reunião do Copom possui a sua história.
Gestão
Gostam de fazer bastante conta e deixar o dado falar. Sempre observar o mercado lá fora e ver o que pode ser aprendido/aplicado aqui no Brasil
Combinar análise com timing do mercado e preferem análise TOP DOWN
Performance recente
Possuíam menos renda variável que o mercado e era menos otimista que o mercado
Apostavam na queda de juros nos EUA, que deu boa proteção, e depois apostaram na alta do dólar (aversão a risco) e queda de juros globais (para estimular economia)
Aprendizado da crise
Pense no impensável e aceite mudar de opinião
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Um comentário em “Stockpickers #51 +bonus + Outliers #3”