Stockpickers #14

Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Rodrigo Colmonero (Neo Investimentos) e Renoir Vieira (Pacific Investimentos)

Neo Future

O fundo tem uma peculiaridade: possui apenas 4 ações no momento. Foi criado em 2012 e ao longo do tempo do fundo possuiu apenas 6 ações: BEMA, CVCB, ANIM, RENT, ALPA e uma sexta que não quiseram revelar. Saíram de Bematech e Anima.

Procuram sempre empresas líderes em seu setor, o mercado é fragmentado (possibilidade de consolidação) e baixa alavancagem.

Qual o racional de concentrar?

Eles pensam como um fundo de private equity: permanecem com as empresas por um período de 5 – 6 anos.

São investidores engajados. Criam planos para auxiliar as empresas e se preocupam que o plano seja da empresa, não da Neo.

O cliente irá diversificar em outros produtos, ele não precisa colocar todo o seu dinheiro no Fundo Neo Future

Se você entende bem a companhia, sabe o que fazer com a companhia quando ela cai (se compra mais ou não)

Desafios

Há o constante desafio de achar novas empresas, sendo elas listadas ou não, e construir/implementar esrtatégias com outros acionistas.

Conversam com empresas fora da bolsa com a possibilidade de elas serem listadas em algum momento

Objetivo

Proposta é crescer o lucro e o Market share das companhias investidas

Tempo para tomar a decisão de investimento

Normalmente demoram de 6 meses a 1 ano para investir em algum ativo, mas há casos em que demoraram 3 anos para alinhar com a empresa e com os atuais acionistas

Cotistas do NEO

Possuem consciência de que é um processo lento. Gestores do Neo são cobrados pela entrega de resultado das empresas, gastam mais tempo explicando a estratégia que a dinâmica do preço na bolsa

Peso alvo de alocação

Não há limite pré estabelecido (fundo já ficou 100% com uma única empresa). Acham que mais importante é não perder dinheiro, depois focam em ganhar dinheiro

Mercado

Por algum motivo, mercado gosta de perpetuar o cenário recente, sendo ele bom ou ruim.

Cielo foi um exemplo de que perpetuar o passado não é algo correto e Renoir sustenta que Itaú é um exemplo também.

Entre Cielo e PAGS/STNE, Renoir entende que há uma diferença no prêmio de risco. Cielo passou a ser mais arriscada e PAGS/STNE menos arriscadas.

VALE

Daniel da CTM comentou que gosta de small caps mas Vale é um case meio óbvio: preço do minério subiu muito, há redução de oferta e demanda estável. Com minério a 110 USD/ton, Vale é uma máquina de fazer dinheiro

Vale não deve ter problema de class action pois o preço já voltou pré acidente

CVC

Rodrigo gosta do mercado de viagens.

É um mercado crescente, pessoas gostam de viajar e a CVC é líder absoluta

Fez consolidação no mercado corporativo, entrou no intercâmbio e há outras oportunidades de crescimento (como Argentina).

50% do turista no Brasil é argentino. CVC entrando na Argentina consegue obter mais público para seus produtos.

Enquanto cliente de lazer é sensível a preço, o corporativo é menos sensível.

Renoir entende que CVC foi punida por estar crescendo menos, mas nos preços atuais ela não está atrativa.

Muitos gestores reduziram posição na CVC (inclusive o Neo).

VVAR

Renoir entende que ela estava sendo negociada a 10% do múltiplo de peers. O momento da companhia é desafiador, mas não é para tanto.

Investidores foram treinados para ver a empresa com fluxo de caixa positivo, mas Renoir entende que isso é passado.

Frases

“tudo não terás”

“entenda o que o mercado precifica agora”

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Um comentário em “Stockpickers #14”

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