Thiago Salomão entrevistou Marcio Bittencourt (Velt) e Luis Amaral (Equitas)
Thiago Salomão conversou com Marcio Bittencourt da Velt sobre digitalização
Digitalização
Marcio entende que a digitalização é a maior transformação das últimas décadas. Quem não se preparar deve sofrer bastante.
A solução que encontramos para a pandemia (distanciamento social) está acelerando a implementação digital por parte das pessoas. E eles estão focando em empresas que se beneficiam do mundo digital
Mais do que fazer um aplicativo ou site, redesenhar o seu relacionamento com clientes.
Principais beneficiados são NTCO, MGLU, MELI
Pela sua experiência, quando lideranças são mais jovens (mente aberta), a implementação de mudanças é mais fácil
Valuation
O mundo está tolerando prejuízos no curto prazo e tendo um horizonte de investimento mais longo
Velt gosta de olhar para o longo prazo, querem pegar movimentos de longo prazo
Antes o passado era um bom preditor do futuro, hoje não. O passado é importante mas não determina a futura performance da companhia
Maior risco da empresa é ela perder seus atributos positivos
Prazo de resgate
Cotistas estrangeiros costumam ter prazo de resgate de 2 anos, enquanto ofereceram 120 dias para investidores pessoa física. Sim, é maior que em outros fundos, mas querem que quem invista com eles tenha visão de longo prazo
CEO ideal
Antes a disciplina e o rigor na execução eram muito importantes. Agora precisamos ter capacidade de adaptação, capacidade de inovação e desenvolvimento de novas soluções.
Ele enxerga isso na XP
Olhando para o próprio negócio (Velt), em uma escala de 0 a 5, estão entre o 2 e o 3. Ainda há muito para evoluir.
O mundo é das empresas ambidestras: rigor na execução de um lado contra criatividade de outro
Racional abertura do fundo
Não é por que teve resgates e sim pois enxerga um potencial de valorização na bolsa
Interação com management das empresas
É demorado você construir o perfil do empresário, são necessárias várias interações e em diferentes cenários. A relação pessoal é muito importante
Thiago Salomão conversou com Luis Amaral da Equitas
Resumo do Salomão
Equitas foca no micro, não mexe no que não entende e não há ativo perfeito e sim carteira perfeita
Não se pode acertar todos os movimentos de curto prazo, focar em entender os grandes movimentos
Giram pouco a carteira, posição fica em média uns 40 meses na carteira
Crise
Mexeu 25% do fundo nessa crise. Estava muito exposto a empresas cíclicas como RENT, IGTA, AZUL, PETR. Dos 4, zerou apenas PETR. Entende que nesses preços de petróleo ela fica com alavancagem muito alta
Procuram ter entre 20 – 25 papéis, sendo que as 6 – 7 posições principais representam 50 – 60% do fundo.
Aumentou setor de saúde (GNDI) e comprou utilities (EQTL, distribuidoras e CESP)
IGTA -> há impacto relevante no curto prazo, mas entende que há valor. Aumentaram posição
AZUL -> há também impacto forte no curto prazo, mas a exposição negativa ao dólar e a demorada da retomada deixaram eles reticentes. Reduziram posição
GNDI -> Possuem desde o IPO, começaram a acompanhar antes de discutirem IPO da companhia.
B3 -> é um monopólio, empresa está bem posicionada e deve ser difícil de criar um novo concorrente
VALE -> empresa está muito barata, mas não gostam de ficar expostos ao setor de commodities
MGLU -> gostam, mas como sempre esteve cara nunca foi uma posição relevante
NTCO -> quando o preço anda muito e a vida real não, não ficam com o papel. Saíram no final de 2019
Investir em ativos fora do Brasil
Parece que somos estrangeiros, ficamos reféns da narrativa dos donos da empresa. É necessário ter uma visão mais aprofundada
Hoje não possuem nada, mas é possível no futuro
Crise 2020 x anteriores
Antes havia uma antecipação com a crise que chegaria e medidas mitigadoras. Agora a crise chegou muito rápido, mas as medidas também foram igualmente rápidas
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