Resumo dos episódios abaixo
#16
Thiago Salomão entrevistou assessores de investimento que investem na bolsa
Rafael Nogueira Pinto, da Manhattan Investimentos, Jansen Costa, da Fatorial Investimentos, e Jonathan Camargo, da New York Capital.
Dinâmica
Há 800 BI BRL em previdência e 700 BI BRL em poupança, há muito potencial ainda para as pessoas se sentirem atraídas pelo mercado de ações
O famoso 1% ao mês acabou. O cliente precisa tomar mais risco e o assessor ajuda na alocação do cliente.
Desafio
É o cliente aprender a lidar com a perda. Fazem a analogia com o imóvel: se vizinho vendeu por determinado preço, não significa que você tem de vender o seu imóvel por aquele preço
Eventos são diferentes de ruídos, é necessário entender o motivo da queda.
Cliente conservador é mais difícil de convencer a alocar. Cliente precisa entender qual o seu perfil de risco
Regulatório
Assessor não pode fazer recomendação de ativos, mas pode comprar o gestor (via fundos). Quem quer comprar MGLU pode comprar o fundo do Alaska
Gestor está perto do management da companhia e assessor está perto do cliente.
Alocações
Rafael -> alocado em VALE, PETR, JHSF e SAPR
Tenta entender empresas de turnaround, cíclicas e quem se beneficia do início/do meio e do fim do ciclo
Gosta de ETFs alavancados 3x, como BRZU (3x EWZ – empresas brasileiras listadas nos EUA). Há também 3x petróleo e 3x ouro
Jansen gosta de ITUB, seguradoras (IRB, PSSA, BBSE), cases de privatização (SAPR, SBSP, NEOE) e PETR/WEGE
Jonatan tem FIAs e ações (PRIO e RLOG)
Qualificações AAI
Ser transparente, verdadeiro e ter vontade de aprender.
COE
O problema não é o produto em si, mas o que está dentro dele (alguns são bons e outros ruins).
Frase
Patrimônio não se gira, se acumula
#17
Thiago Salomão conversou com Pedro Chermont (Leblon Equities), Marcelo Alemi (Monkey Stocks) e André Martins (XP Investimentos)
Carteira Monkey Stocks
A cada semana cria uma carteira de 5 ativos aleatórios e coincidentemente está batendo algumas carteiras recomendadas e o próprio índice
Pedro comentou que no começo só errava os calls, então decidiu fazer o contrário do que achava. E os pontos positivos do macaco são: (i) não tem emoção; (ii) não tem custo de transação
Estratégia
Pedro lembra que no começo todo mundo é igual: faz alocações por sorte. Depois três aspectos são fundamentais: racionalidade, disciplina e experiência
Há também o survivorship bias: nós apenas observamos quem sobreviveu nos últimos anos. É necessário saber como o histórico foi construído e quanto de risco foi tomado (maior o risco, maior o retorno potencial)
Se concentre em um pequeno número de ativos que você pode desenvolver uma competência neles
Ninguém consegue antever a crise, o que pode ser feito é tentar mitigar o impacto dela através de uma carteira diversificada. Não há ação perfeita, há portfólio perfeito. Tenha conhecimento no que está fazendo.
Não dependa de uma tese específica, foque em várias teses com correlações negativas.
Em 2018 decidiram comprar put por estar barato, mesmo sendo positivo com bolsa no médio prazo. Você não faz seguro do carro pensando em bater ele, é uma proteção.
Bancos/B3
André prefere Bradesco (compra) que Itaú/Santander (neutro)
B3 está mais protegida que bancos em termos de risco de disrupção, por causa do valor da rede (como Google e Facebook). Tudo quer estar no ambiente mais líquido. Criar um concorrente novo é bastante difícil. A principal barreira a ser superada pelo futuro concorrente da B3 não é regulatória e sim o valor da rede.
Hoje a bolsa brasileira como um todo negocia menos que 1 única ação nos EUA. Mercado de capitais brasileiro ainda é muito pequena (há muito potencial).
Ciclo IBOV
Já tivemos vários ciclos em que a bolsa multiplicou por 10x, 30x em dólar. Estamos no começo de um bull Market e o IBOV já multiplicou por 3 (desde a low em 2016)
As grandes empresas cortam custos na crise, ficando mais eficientes
Hoje o P/L do IBOV está 12x, na média dos últimos 15 anos. Podemos ter crescimento de lucros e aumento dos múltiplos (devido a juros menores), fazendo com que IBOV suba.
SUZB
No longo prazo é um bom ativo.
Pedro acredita que ocorrerá algo parecido com minério de ferro nos anos 2000: ele não oscilava muito e surgiu forte demanda do chinês. Preço acabou subindo bastante
BHP/RIO/VALE consolidaram a indústria e hoje são 90% do mercado
China não tem celulose suficiente e precisa importar. Para Pedro é uma questão de tempo preço começar a subir.
Small caps
Você perde em liquidez mas ganha em convicção
Usa no máximo 20% do patrimônio para alocar nesses ativos.
MILS
Entrou na empresa antes de ser listada na bolsa nos 7 reais. O IPO foi a 11 reais e saiu nos 25 reais
A empresa surfou o boom de obras no Brasil e sofreu bastante na crise. Mas fez a lição de casa: diversificou o tipo de cliente e vendeu equipamentos para pagar a dívida
SGPS
Única empresa do varejo que negocia abaixo de 6x EV/EBITDA
Ação para a vida toda
Pedro -> SUZB
Marcelo -> Google
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Um comentário em “Stockpickers #16 e #17”