Updates de março

Tanto ações quanto FIIs

No início era medo no impacto na oferta por muitos players dependerem de produtos importados (como LREN e ARZZ).

Ao contrário de Chile/EUA, Brasil não depende do turismo para ter boa performance de vendas no varejo. Então o impacto de menores viagens não machucaria muito o Brasil

Mas depois veio o impacto da demanda. E nunca vimos um impacto na demanda junto com oferta ao mesmo.

Empresas mais afetadas

Quem não tem relação com o consumo básico, como moda (LREN, CEAB) e jóia (VIVA), por serem basicamente vendas realizadas por impulso.

Além disso, eles estão muito expostos a shopping que deve ter ficar fechado em várias cidades: VIVA (quase 100%), CEAB (85%) e LREN (90%)

O lado positivo da Vivara é que ela pode derreter o ouro e criar outros produtos

PCAR/RADL

Ainda podem ficar abertos e haverá migração para consumo em casa. Pão de Açúcar já viu um crescimento forte. Uma parte pode ser antecipação (compra para estocar) e outra pode ser estrutural (comendo mais em casa).

Ecommerce

Haverá migração pois é o único canal de consumo que a população possui.

Houve um arrefecimento na China (estava crescendo 2 dígitos e cresceu 1 dígito alto).

O desafio do Brasil hoje é que a representatividade de itens de ticket baixo no ecommerce é pequena, então ou frete fica barateado ou inviabiliza as vendas

Players brasileiros estão com logística ok (BTOW e MGLU) e VVAR estava se esforçando em melhorar a parte dela.

VVAR

Dois desafios:

Reorganizar ecommerce -> já fez uma parte em 2019

reestruturar loja física -> era a meta em 2020 e será postergada. Queriam reformar lojas e renegociar com fornecedores.

VVAR sofre bastante por ter menos caixa que dívida no curto prazo e por ter maior exposição a varejo que peers.

Preferida

PCAR, mas entende também de que CRFB tem mais caixa e maior exposição atacarejo

Arthur discutiu sobre a queda recente nos FIIs.

Houve muita volatilidade nos FIIs recentemente e alguns investidores ficaram preocupados.

Arthur ressaltou que não é hora de sair. Mas se a saída fez você ter maior tranquilidade, ok.

Não mexa na sua reserva de emergência, pois ela é para quando você tiver uma emergência (gastos não planejados)

A renda dos FIIs pode não vir no curto prazo, mas ela virá em algum momento.

Shoppings

Irão ter renda comprometida, mas estão em terrenos bem localizados. Se shopping não der certo, sobra o terreno e a estrutura do prédio.

Entender qual FII está alavancado e qual era o fluxo que pagava os juros do CRI. Se for fluxo de aluguel de shopping, teremos problemas.

Setor imobiliário Brasil

Última grande crise ocorreu em 2013 – 16 e o mercado estava saturado. O problema é que esta crise é de saúde e não bancária.

Mercado imobiliário não fechou em termos práticos, ainda tem gente fazendo negócio.

Hannud começou lembrando que há vários tipos de FIIs e algumas classes irão sofrer mais que os outros.

Ressaltou que se você tem conforto, permaneça com o FII. Se você sair agora, irá realizar a perda no “pior” momento.

O imóvel está lá, o preço tem um piso.

Hannud entende que neste momento você precisa ser parceiro do inquilino e proprietários acabarão cedendo um pouco. Focar em ter um bom relacionamento de longo prazo.

FII CRI

Ver as garantias que os CRIs possuem.

Clube FII entrevistou Pedro Carraz, gestor dos fundos de laje na XP (com destaque para o XPML).

Crise

Carraz reiterou que há uma crise sem precedentes e está vivendo um dia de cada vez.

Segundo ele houve uma queda excessiva e entende que perder faturamento por 1 ano não significa queda de 30% das cotas. Na minha visão há um risco mais alto (NTNB subiu), correspondendo à exigência de maiores retornos.

E nas minhas contas, o que a NTNB aumentou de taxa equivale a uma queda de 30%.

Carraz entende que teve gente que vendeu por questões de liquidez (vai deixar de receber os dividendos) e precisa vender algum ativo para pagar as suas contas.

Cenários

Cenário base é shoppings fechados em abril, retornando em maio. Cenário otimista é retorno na segunda quinzena de abril e o pessimista é fechamento completo no segundo trimestre.

Governo anunciou vários pacotes, mas nenhum específico para shoppings.

Conversas com lojistas

Já existem recomendações da Abrasce e devem deixar aluguel em aberto. Vão cobrar aluguel no futuro mas não irão abonar.

Condomínio e fundo de promoção irão cobrar o mínimo necessário

Tendo uma noção do tamanho da indústria, são 580 shoppings, 100 mil lojistas e 3 milhões de empregos.

Dividendos

Carraz reiterou que se houver resultado irão distribuir dividendos, respeitando a lei.

Lembrou que há risco de NOI negativo e possibilidade de aporte em alguns shoppings para sanear necessidade de caixa.

Passo a passo do lojista

Primeiro ele não paga (fica inadimplente), depois negocia e no fim é expulso (vacância). No meu entendimento, shoppings irão se esforçar para não deixar a propriedade com vacância alta (aceitando dar descontos).

XPHT

Possui 14 hotéis, 10 já estão fechados. A taxa de ocupação dos abertos está em torno de 5 – 10% (deve fechar em breve)

No Brasil há 10 mil hotéis, 550 mil quartos e 1 milhão de funcionários.

Novamente, irá pagar se houver resultado.

Galpão

Segmento mais resiliente, ecommerce está mais forte. Desafio na verdade é malha logística.

Laje corporativa

Um ou outro locatário pode ficar inadimplente, mas não teremos impactos graves.

Clique aqui para ver sobre outros resumos de FIIs

2 comentários em “Updates de março”

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