Stockpickers #96

Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Alexandre Sabanai (Perfin) e Luiz Aranha (Moat) para reviver o primeiro Stockpickers; Renato Santiago conversou com João Saldanha (Sulamerica) sobre RRRP3, com André Gadelha (STK) e com Fernando Fontoura da Persevera sobre WIZS3; Thiago Salomão conversou com Marco Freire (Kinea), com João Nerasti (Indie Capital) sobre Getninjas (NINJ3) e com Paolo Di Sora (RPS); Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Guilherme Silva e João Braga (Encore) (stockpickers #96); Thiago Salomão conversou com Carol Oliveira, Samuel Ponsoni e Guilherme Anversa sobre as cartas das gestoras

Thiago Salomão e Fernando Ferreira conversaram com Alexandre Sabanai (Perfin) e Luiz Aranha (Moat) para reviver o primeiro stockpickers

Lições do Stockpickers: não tenha medo de estar errado, o que te quebra é quando você tem certeza de uma coisa e está errado (tamanho das posições é muito importante). Sabanai disse que todo mundo sabe o preço das coisas mas nem todo mundo sabe o valor das coisas

CIEL

Perfin não teve nesses dois anos, dinâmica nos últimos 9 meses estabilizou.

Moat tinha posição de Cielo e acreditava que MDR ia fazer inflexão. Decidiram vender em uma alta sobre a possibilidade de venda da Cielo. Para destravar valor tinha de ter a proatividade do Banco do Brasil/Bradesco

Já temos 30 milhões de CNPJs no PIX

Diferente das outras adquirentes, Cielo não tem estratégia de diversificação do negócio. As adquirentes verticalizaram, indo para ERP (Linx) e adquirente virou commodity

BRF

Moat gosta do case, empresa ficou muito em descrédito.

O milho está com custo mais alto, é um desafio repassar o preço. A China está refazendo seu rebanho e importando muito milho. Aranha entende que é ok de repassar preço pois todas as carnes subiram

Value stock x value trap

Sabanai viu telecom lá atrás e era value trap. Tinha crescimento 15 anos atrás e o discurso era que lá na frente a base de clientes iria se remunerar, mas nunca se remunerou (desafio de investir em empresa de ROIC baixo). Governança do setor também não era boa

Value trap -> Crescimento de ROIC baixo e baixa governança

Entender a relação de incentivo entre quem controla e o ativo em si

Entender a obsolescência, se é possível surgir um competidor mais forte e de mais baixo custo

Os melhores shorts costumam ser as empresas mais baratas

LAME

Empresa está bem-posicionada em marca, distribuição, loja mas cresce menos. Com isso negocia a desconto de MGLU/MELI

Sabanai entende enquanto muita gente focou no auxílio emergencial (VVAR/MGLU), LAME focou em ganhar recorrência

Ela captou um dinheiro relevante em oferta e não anunciou nada relevante até agora

Junção melhora a visão sobre a companhia como um todo

OIBR

Está terminando uma parte importante da restruturação dela e leilão InfraCo deve ocorrer em breve

Demanda de fibra vai ser muito importante, InfraCo é o maior ativo de fibra ex China

Bancos

Sabanai não gosta de bancos no momento no preço atual, não enxerga potencial de geração de valor de retornos muito fortes. Banco não vai crescer 20% ao ano ao longo de vários anos, é oportunidade dependendo do preço

7x P/E, 1.1x P/Book faz sentido entrar; 10x P/E e 1.4x P/Book não vale a pena

Aranha gosta de bancos por causa do crédito. Crédito deve ser mais rentável por causa do aumento de taxa de juros e fintechs não conseguem dar crédito

Fernando Ferreira vê bancos como play defensivo da carteira

Aranha tem BPAN, BTG e BBAS

Aranha entende que banco não foi uma boa alocação até agora; vai ter de carregar por mais tempo

Utilities

Perfin tem CESP/Alupar

Moat tem Alupar, Sabesp, Neoenergia, Eletrobras, Cemig, Light (15% do fundo)

Racional do Sabanai é micro

Inflação ainda incomoda e ter CESP/Alupar e ajuda pois as empresas repassam de maneira regulatória inflação

Utilities sofrem com abertura de juros, mas se nada mudar deve ter uma reprecificação

Alupar está com TIR menor que peers (TAEE/TRPL) pois ela vem pagando um dividendo menor (ciclo de investimento fortes nos últimos anos); dividend yield deve corrigir

CESP vem trabalhando para reduzir o passivo jurídico

Nova geração de empresas tech

Moat não entrou por entender que preço estava ruim

Perfin entrou na Enjoei pós IPO; há um potencial de crescimento alto mas precisa entender o quanto vale a pena pagar na frente

Melhor investimento últimos 12 meses

Perfin -> PCAR

Moat -> VVAR

Não deu certo

Perfin -> BRDT

Moat -> CIEL/LAME

Renato Santiago conversou com João Saldanha (Sulamerica) sobre RRRP3

Está na Sulamerica desde 2013

Foco da 3R é em campos maduros em terra e Petrobras deve vender todos os seus campos em terra. São 180 kbpd, excluindo compra da Eneva dá 95 kbpd. 3R faz hoje 8 kbpd, meta é atingir 22kbpd com revitalização dos campos (até 2025). Oferta subsequente é para novas oportunidades

Petrobras deve vender todos os ativos até o final do ano

3R não corre risco de exploração; lifting cost de operar em terra é mais barato

Brasil em média recupera menos que outros países

Case Petroreconcavo é semelhante à 3R

Renato Santiago conversou com André Gadelha (STK)

Ele investe na Tempur Sealy

Conheceu um fundo ativista em NY e acompanhou a Tempur Sealy (fabricante de colchão). 85% do faturamento é nos EUA

Distribuição é predominantemente por terceiros, mas tem Ecommerce e lojas próprias

Ela se beneficiou da pandemia (home improvement), investindo no Ecommerce e melhorou a distribuição (parou de brigar com cara específico – grande distribuidor), principal concorrente está mal das pernas (briga de preços não deve ocorrer), teve antidumping contra importadores

Entende que 15x P/E é muito barato

Dynamo tem posição relevante na empresa

Pandemia foi algo positivo, mas André acredita que não é algo pontual

Faltou material no 3Q20 e 4Q20, poderia ter vendido 100 milhões de dólares a mais em cada trimestre

Houve fusão entre Tempur e Sealy, não geraram sinergias e mandaram embora CEO

Thiago Salomão conversou com Marco Freire (Kinea)

Mercado nos EUA tem a temática de reabertura, pandemia vai estar erradicada em pouco tempo

Americanos não possuem interesse em procurar emprego até setembro

Deficit nos EUA vai ser 13% do PIB

Empresas vão querer estoque acima do usual por medo de faltar produto

Fed deve subir juros mais cedo que mercado imagina, daqui 1 – 2 anos (não sobe juros nos próximos 12 meses)

Bullmarket no S&P já foi: fluxo de bolsa nos últimos 6 meses foi maior que últimos 12 anos

Gostam de cobre (problema de oferta) e petróleo (nenhuma empresa quer investir por questões ESG)

Alumínio -> maior produtor é China e vai ter de importar para atingir as suas metas de carbono

Energia nuclear é a mais eficiente que existe

BRL está bastante barato, virou hedge brasileiro; real vai bater uma cesta de moedas

Vale/Petrobras/JBS/Suzano ainda estão baratos

Gostam de commodities, reabertura, crescimento secular e serviço financeiro

Não gostam de discricionários por negociarem a 30x P/E

Stockpickers #96

Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Guilherme Silva e João Braga (Encore)

Quant é fazer conta com o que tem de dados e chegar a conclusões

Você pode olhar eventos e entender prêmio de risco ou coletar dados e concluir sobre algo sobre determinada companhia (fazer tracking de voos, por exemplo)

Nowcasting -> olhar em tempo real a evolução dos dados da companhia, como Mercado Livre

Pegar o dado e manter a qualidade do dado

Procurar uma informação que possa trazer diferencial, como ver voos em Porto Seguro ou ver se determinados jatinhos de CEOs estão indo para determinado lugar para fazer deals

Acompanha abertura de loja para ver performance do varejo

Permanece positivo com MELI, posição caiu passivamente

Monitoram eventos como short squeeze, fluxo de dados em redes sociais, etc

Quant x fundamentalista

Se houver diferença -> what you see is all there is

Quando há discordância, levam ao debate; preferência é pelo quant

Value vai bem quando há inflação alta, carteira está mais value que o índice

Factor investing

Prêmios de risco estruturais, como value, momentum, low vol das companhias

Olhar lá fora e ver se pode trazer para o Brasil. Quant sistematiza, quem faz o micro é o analista

Carteira

Junto com MELI, VALE é a maior posição

Muita gente não operou topo de ciclo da commodity (em 2010)

Se minério cair, VALE sofre junto

Ainda está fora de bancos

Net long do long bias está em 80%

Carteiros do Condado #1 – maio/21

Thiago Salomão conversou com Carol Oliveira, Samuel Ponsoni e Guilherme Anversa sobre as cartas das gestoras

Ler as cartas para entender o racional dos gestores, se informar sobre o mercado em geral e aprender

Quando você conversa com a pessoa, ela pode te influenciar. Se você escreve tira o fator emocional.

Anversa gosta de ler Dynamo, Atmos, Verde, SPX, Adam, Vista

Carol lê Dahlia e Legacy. Entende que há consenso para commodities. Óleo de soja e arroz subiram bastante, impactando na inflação. Precisa entender o processo de retirada de estímulos.

A discussão de commodities seria até quanto vai o ciclo

China pode ter estocado bastante as commodities

Braga tem medo e acredita que estamos fazendo piquenique no vulcão. Encore comentou na carta sobre os múltiplos do Ibovespa. P/L está baixo, mas é por causa de commodities. Ex commodities não está barata

Dahlia comentou que migração para renda variável ainda está devagar e tem muito potencial

Kinea entende que inflação vai voltar antes do esperado; (i) escassez no mercado imobiliário americano; (ii) alta de commodities; (iii) semicondutores; (iv) escassez de trabalhador

Vista está mais otimista com Brasil, mas Verde e Adam estão mais pessimistas com Brasil

Muitos estão com medo de inflação, no Brasil e no mundo

Verde ganhou dinheiro com ações local (BRDT, OMGE, EQTL, ITUB, SUZB, KLBN, NTCO, GNDI e B3SA), e fora (empresas de tech, TSMC, JPM, Nike e Freeport). Verde entende que juros permanecem pressionados

Oaktree -> há uma grande quantidade de dinheiro disponível (1.8 trilhão de dólares), podendo se refletir em consumo, viagens/etc. Preços não estão em cenário de bolha

Thiago Salomão conversou com João Nerasti (Indie Capital) sobre Getninjas (NINJ3)

Indie, junto com outras empresas, ancorou o IPO

Indie gosta de grandes histórias empresariais. Ela conecta prestadores de serviços e com pessoas interessadas no serviço. Há professor de tênis, acupunturista, etc.

Atua como Mercado Livre no passado (classificados online)

Empresa vende renda para prestador de serviço e dá segurança para cliente

Transação não ocorre no aplicativo

Ela funciona com serviços esporádicos, com menor recorrência

Dinheiro do IPO vai gerar outras avenidas de crescimento. Fizeram parceria com Banco Pan em termos de soluções de pagamento

Empresa seria similar a fiverr, ainda não dá para padronizar todos os serviços

Prestador tem incentivo para ir aonde tem volume (efeito de rede)

Tem volume de reclamações significativas, mas há muito trabalho

Renato Santiago conversou com Fernando Fontoura da Persevera sobre WIZS3

Em mar/21, mercado estava muito preocupado com o final do contrato com a Caixa Seguros. Empresa fez a lição de casa e reduziu o risco específico. Seguros que ela fez ela recebe ao longo do prazo do contrato.

Mercado tinha medo do contrato com a Caixa desde o IPO

WIZ tem 40% da Inter Seguros e tem 50 anos de prazo

Caçadores de assimetrias #1

Seja o stockpicker raiz: determinado, equilibrado, racional, independente, paciente e fora da média

Mercado de ações é uma máquina de transferência de recursos de impacientes para pacientes

Ação

É a menor parte de uma empresa, é uma expectativa do mercado para a companhia

Bolsa independe da performance do PIB no curto prazo e sim a expectativa

Thiago Salomão conversou com Paolo Di Sora (RPS)

Desde que Biden foi eleito estão com pegada mais cíclica (commodities, industrials e cíclicas). Rally já foi; pegar empresas de qualidade. Saíram de aéreas

Quer cíclica e barata, olha basicamente para commodities

Mundo vai investir em mais infraestrutura ex China (Europa e EUA)

Voltou a gostar de Petrobras, por menor pressão de aumento de preços com queda do dólar

Gosta da Ternium, Cemex, JBS

Em qualidade tem Visa, Mastercard, Disney, Starbucks

O grande risco é Banco Central retirar estímulo antes da hora. Se Fed subir juros vai impactar negativamente mercados emergentes, proteção seria via uma cesta de bancos nos EUA. 2022 seria equivalente a 2013

Está otimista com privatização da Eletrobras

Entrou Intelbras, gosta do setor de saúde (RDOR e HAPV), financial deepening (XP e BPAC)

Tem PETZ mas está cara. OIBR vai segurar por 10 anos

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