Superclássicos da Bolsa

XP fez um evento para discutir várias teses de investimento na bolsa

Danniela Eiger – Analista de Varejo da XP, Marcel Campos – Analista do Setor Financeiro da XP, João Oliveira – Analista de ações a XP Asset, Philippe Perdigão – Cofundador e Gestor da Mar Asset

MOSI3 x CASH3

Não possuem peers comparáveis na bolsa, é um desafio de fazer Valuation. João gostou da qualidade do time e da cultura da Meliuz.

Philippe lembra que ambas são investimentos de alto crescimento. Ao contrário dos últimos anos, que empresa de growth era RADL, agora tem de olhar para empresa tech (por causa da digitalização da economia)

Entender mercado endereçável, qual a margem de contribuição de cada produto, cultura forte e se há outras verticais de crescimento. Mosaico já gera um tráfego alto, falta ela monetizar

Ecommerce vai crescer, mas há forte competição entre elas. Lado bom de Meliuz e Mosaico é que eles dão os leads para Mercado Livre/Magazine Luiza. No médio prazo as empresas podem criar concorrentes para Meliuz/Mosaico, mas não há risco relevante no curto prazo.

TOP 4 players de Ecommerce captaram 30 bilhões de reais nos últimos 2 anos, possuem bastante dinheiro. Coreia do Sul e Japão possuem vários players de Ecommerce, contra EUA e China que possuem apenas 1 grande player

Meliuz pensa em reduzir exposição a cashback ao desenvolver outros produtos

Google/Facebook também são um risco para Meliuz/Mosaico, mas Philippe lembrou que empresas brasileiras são nichadas; qualidade do cliente de Meliuz/Mosaico é muito boa

 Lembraram que case de cashback deu certo no Brasil, Mosaico está implementando

Google/Facebook é topo do funil, Meliuz/Mosaico seria mais meio do funil

Principal métrica seria EV/receita, mas entende que se há boa margem de contribuição faz sentido pagar EV/receita mais alto

Entender cohort, cross sell, CAC, LTV do cliente

Desafio da Mosaico é entender se eles conseguem monetizar o tráfego que está lá dentro; produto (wallet, cashback) virou commodity. O que gera valor é o tráfego, se consegue engajar o consumidor

Uma parte do GMV da Mosaico era turismo

Listar na B3 ou fora?

Lá fora os múltiplos costumam ser maiores

Vitor Pini – Analista de Educação & Saúde da XP, Marcella Ungaretti – Analista ESG da XP, Paola Mello – Analista de ações da GTI, Luiz Mauricio Garcia – Analista de ações da Apex

COGN x YDUQ

Setor de educação foi bastante impactado com pandemia; mudou muito ao longo dos últimos anos. Inadimplência foi um grande problema para o setor ano passado

Ensino básico performou bem em 2020, mas ensino superior foi muito desafiador

GTI olha TOP DOWN e BOTTOM UP. Top down -> gosta do setor do ponto de vista macro, educação é uma forma de ascensão social

Cogna tem 1 milhão de alunos, quer monetizar essa plataforma.

Em 2021 vai ter uma piora do mix, ciclo demora 4 anos para acontecer

ESG -> S é o mais importante

Até 2017 a proposta era consolidar o ensino superior. Agora estão reduzindo o número de campi.

Vitor gosta de YDUQ pela soma das partes (medicina – Afya, EAD – Vitreo e ensino presencial), mas precisa entender se ocorrerá monetização. EAD vem crescendo bastante nos últimos anos.

Em 2019 acreditava que setor iria se beneficiar com macro positivo. Educação é um play de reabertura

Competição no EAD se acirrou, Cogna perdeu share e voltou a ser agressiva. Ticket do EAD voltou a ficar sob pressão

YDUQ tem marca nacional (Estácio) e marcas premium regionais

Medicina precisa acompanhar questão de regulação (limite do número de vagas)

Pedro Bruno – Analista de Transportes e Bens de Capital da XP, Marcella Ungaretti – Analista ESG da XP, Brunno Donadio – Sócio e analista de ações da Equitas, Bernardo Ferri – Sócio e analista de ações da Helius Capital

MOVI x RENT

Setor tem chamado atenção do investidor nos últimos anos. Desde 2015 – 16 cresceram muito, focam em aluguel, frota e venda de seminovos. Aluguel de carros cresceu 32% ao ano de 2015 a 19. Tarifa média caiu 22% (2015 x 19). Uber ajudou bastante

Existem oportunidade de crescimento, como carro por assinatura.

Setor oscila bastante com juro longo

Movida está bastante desconto contra Localiza (histórico é 2x e agora está 2.5x)

Movida cresceu muito rápido, teve problemas operacionais e estrutura societária não era ótima

Movida melhorou, capta dívida mais barata. Mais de 60% da receita dela vem de vias digitais, está oferecendo várias cores, está oferecendo carro elétrico

Setor tem baixa barreira de entrada, mas os grandes possuem poder de barganha com fornecedores

Brunno lembrou que Hertz está em recuperação judicial e que Enterprise deu muito certo. Setor não é óbvio. Ele acredita que líder deve se beneficiar mais que os outros players

3 players listados representam 80% da indústria, mas Pedro lembrou que indústria ainda está subpenetrada

Montadoras sempre tentaram entrar em aluguel de veículos, mas nunca conseguiram

Aluguel de longo prazo para pessoa física é pequeno no Brasil (2%), leasing nos EUA é 30%. Em empresas também possuem muito capital mobilizado

Temos 45 milhões de carros e 5 milhões de frota corporativa

Empresas estão com margens melhores por ter estoque antigo

Movida tem base menor, então consegue crescer percentualmente mais que Localiza

M&A

Deal é mais importante para o menor player

PETR x VALE

Gabriel Francisco – Analista de Energia e Petróleo & Gás da XP, Maíra Maldonado – Analista de Energia e Petróleo & Gás da XP, Yuri Pereira – Analista de Mineração & Siderurgia da XP, Paolo Di Sora – Gestor da RPS Capital, Caio Monteleone – Sócio e analista de ações da AZ Quest

Futuro CEO indicou que não devem ocorrer grandes mudanças na Petrobras. Companhia está mais protegida que no passado, diretores podem ser processadas na pessoa física.

XP é pessimista com Petrobras e otimista com Vale

Diferença de 2020 para outras crises é coronavoucher, classe C/D consome bastante commodities. Não houve aumento de oferta e demora muito tempo para adicionar capacidade

Demanda de aço na China permanece forte em 2021. Discussão sobre queda das ações é corte recente em algumas províncias da China por questão ambiental. Empresas estão mudando de províncias pois demanda está muito forte

China quer fechar produtores chineses pequenos de menor qualidade

Quando minério bateu 200 USD/ton, frete era 60 USD/ton. Agora está em 160 USD/ton mas frete está em 14 USD/ton. E USD se valorizou mais

OPEC fica feliz com preço de petróleo entre 60 – 65 USD/bbl

Ambas as empresas estão baratas, a questão é volatilidade e risco político

Fernando Ferreira – Estrategista-chefe e Head do Research da XP, Danniela Eiger – Analista de Varejo da XP, Marcella Ungaretti – Analista ESG da XP, Denise Pondé – Gestora da ARX Investimentos, Sergio Omati – Analista de ações da Equitas

MGLU x VVAR

Cenário é de competição no setor

Magalu tem pessoas, cultura única, conseguiu transformar varejo físico para online.

VVAR é líder na parte de eletroeletrônico, é top of mind, classe C tem penetração forte no Ecommerce. Ela cresceu bastante no 1P (mas o importante é 3P pois o cara do 3P vende em qual plataforma ele vende)

Ecommerce cresce, mesmo com varejo não crescendo

MGLU quer fomentar novas categorias, como bens duráveis, bens de consumo e moda

Ecommerce em 2021 não cresce a mesma coisa de 2020, por ter base maior e reabertura das lojas físicas

MGLU quer ser um superapp

Volume de vendas em 2020 em eletro foi 15% abaixo das vendas de 2012, então há muito potencial para eletro ainda

Ter 1P é bom pois às vezes 3P tem problema de estoque

MGLU já passou BTOW e VVAR, mas dificilmente passa MELI. O foco atual é reduzir prazo de entrega

Renan Manda – Analista de Real Estate da XP, Maria Fernanda Violatti – Analista de Real Estate da XP, Luiz Mauricio Garcia – Analista de ações da Apex, Marcelo Mizrahi – Especialista em ações

TEND x CYRE

Cenário hoje é mais desafiador, pois emprego segue piorando.

Empresas mais posicionadas são as de baixa renda. Quem dependia de crescimento forte vai sofrer.

O problema do setor é a sua ciclicalidade (com exceção da baixa renda que tem maior previsibilidade). Custo de capital alto também atrapalhava o crescimento das companhias.

Aumento de aço e outros insumos está sendo mitigando pela redução da metragem (de 44 m2 para 40 m2)

Oferta da baixa renda é metade da demanda, então mesmo que demanda caia, a oferta ainda supre. Com crise pequenos players caem também e relação oferta x demanda fica saudável

Woodframe já existe em vários países do mundo e Tenda acertou em trazer para o Brasil. Demanda existe e é grande. Tenda deve surfar bem. Woodframe não está incorporado no preço alvo do sell side

Em 2006 a ideia era diversificar para média renda.

Desde 2017 setor de alta renda consegue puxar preço

Cyrela vem reduzindo G&A ao longo dos anos e migrou de marketing físico para digital

Tamanho da cashme hoje é equivalente ao Banco Inter 6 anos atrás

Cyrela deve pagar dividendos gordos, enquanto Tenda deve focar no crescimento do woodframe.

Luiz entende que woodframe matura em 2025 e valeria 70% da companhia em 2025

Danniela Eiger – Analista de Varejo da XP, Thiago Suedt – Analista de Varejo da XP, Pedro Fagundes – Analista de Ações da XP Advisory, Ian Miller – Sócio e analista de ações da Apex Capital

ASAI x GMAT

Setor beneficiado pela pandemia, há maior penetração de marca própria

Assai é top pick da XP

Há migração de restaurante/bar para varejo alimentar, em casa

Pessoa física cada vez mais deve consumir em atacarejo. Preço mais baixo, mas loja mais fácil de operar.

GMAT vai oferecer carteira digital com cashback

GMAT está desacelerando menos que esperado com fim do auxílio emergencial

Após cisão do Assai, pode ocorrer cisão do Exito e Cnova. Hoje Pedro prefere Assai

Assai não tem benefício fiscal exclusivo, todas empresas na região possuem esse benefício

Inflação alimentar tende a ajudar o resultado das empresas, mas se há uma inflação estrutural fica difícil repassar tudo

GMAT consegue trazer serviço (açougue, peixaria, etc) e manter rentabilidade

Quando você está regionalizado dá para crescer via adensamento de rota. Se for player regional tem produtos específicos da região que só da para comprar em quantidades menores, tem de desenvolver fornecedores regionais

Maior risco do GMAT é não entregar plano de expansão esperado. Até o momento estão acima do Guidance

Vitor Pini – Analista de Educação & Saúde da XP, Marcella Ungaretti – Analista ESG da XP, Marcos Peixoto – Gestor da XP Asset, Luiz Liuzzi – Sócio-fundador e Gestor da Kiron

RDOR x HAPV

XP gosta do setor de saúde, por causa do envelhecimento da população. Rede Dor cresceu bastante de maneira orgânica/inorgânica e está muito focada em SP/RJ, dá para expandir para outras geografias

Rede Dor tem uma escala muito boa e fez uma boa execução. O que limitava seu crescimento era a alavancagem. Com IPO ela tira esse limite. Amil quebrou contrato com a Rede Dor e o que aconteceu foi que Amil perdeu cliente e hospitais da Rede Dor permaneceram cheios. Não dá para ver múltiplo de curto prazo, pois Peixoto acha que ela dobra nos próximos 5 anos

Rede Dor é empresa familiar, mas possui investidores de private equity há 5 anos

Se diferenciar do mercado através de antecipação de tendências

Foco da Kiron é ter uma análise profunda das empresas

Estão em HAPV desde o IPO, possuem 11% do fundo nela (maior posição). Procuram empresa com diferencial

Produto de saúde possui baixa penetração, alternativa é o SUS e o desafio é acesso (preços baixos)

HAPV endereça muito bem os conflitos de interesse por ser operador de saúde e prestador de serviço. Não dá para Sulamerica determinar quais procedimentos o hospital vai fazer, mas HAPV consegue

Mesmo após M&A com GNDI, empresa fusionada deve ter 20% de Market share

Marcel Campos – Analista do Setor Financeiro da XP, Jennie Li – Estrategista de Ações da XP, Bruno Gonçalves – Sócio e analista de ações da MOAT Capital, Lucas Akira – Analista de ações da Absolute Investimentos

ITUB x BBDC

Barreiras de entrada do setor bancário começaram a ruir

Regulador está incentivando a competição, mas crédito e seguro ainda estão bem protegidos

Bancos fizeram mudança de mix para carteira menos arriscada, provisionaram bastante em 2020

Bruno entende que bancos estão muito descontados

Marcel gosta da governança do Itaú, banco tem bom track record de alocação, negocia a prêmio do Bradesco (mas precisa descontar a participação da XP)

Itaú vai exercer opção de compra da XP a 19x P/E em 2022, enquanto XP negocia a 40x

Bradesco quer criar novas frentes, enquanto Itaú quer se revolucionar por completo. Bradesco criou uma estrutura apartada como a Next. Por enquanto o crescimento da base de clientes da Next não está canibalizando com clientes do Bradesco. Bruno não coloca na conta o Valuation da Next no Bradesco.

Quando juros sobem, Itaú é bastante beneficiado

Como bancos estão sofrendo na receita (parte de fees), devem cortar custos. E Bradesco está fazendo essa lição de casa

Bradesco fez provisão e consumiu ela no 1Q20, foi punido pelo mercado. Mas ao longo de 2020 acabou estudando quais agências faziam sentido existir ou não

Meio do range do Guidance do Bradesco para 2021 resulta no banco com maior crescimento para 2021

Bancos devem voltar a pagar dividendos relevantes em 2021, já que Banco Central colocou um teto no pagamento de dividendos em 2020

Fernando Ferreira – Estrategista-chefe e Head do Research da XP, Leonardo Alencar – Analista de Alimentos & Bebidas da XP, Larissa Pérez – Analista de Alimentos & Bebidas da XP, Marcelo Mesquita – Gestor da Leblon Equities, Mark Barcinski – Gestor da Ventor Investimentos

BRF x MRFG

Marcelo entende que frango demora mais que vaca para reduzir consumo, tanto por questões ambientais (1 vaca emite o equivalente a 10 carros em termos de gás carbônico) e como é feito o abate. Vaca deve virar um pet como cavalo é hoje, enquanto frango (por ter cérebro menor) não deve sofrer essa mudança no curto prazo. Preço de frango está barato em relação ao boi, ele deveria subir

Plano de 10 anos da BRF é muito ambicioso. Nos últimos 5 anos sofreu muito. É uma empresa boa em um momento muito ruim.

BRF é a única do setor no ISE

Leblon não tem opinião sobre margem, acredita que mercado está excessivamente pessimista e que estão focando muito no curto prazo. BRF pode aumentar a margem se trabalhar a marca e fazer produtos mais premium. Marcelo entende que é difícil o líder disruptar

BRF não aumentou os preços como deveria, mas fortaleceu a marca. Não gosta de ver margem EBITDA, mas foca mais no capital de giro

Mark gosta de bovino por causa da gripe suína africana. Principais produtores de boi (com exceção da Índia) são EUA e Brasil, locais em que Marfrig está posicionada

A grande dificuldade nos EUA hoje é expansão da capacidade de bovino, por falta de pessoal qualificado. Marfrig anunciou recentemente uma expansão, mas até o momento apenas ela está fazendo a expansão (o que não impacta de maneira relevante a oferta de abatedouros)

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