Thiago Salomão conversou com Bruno Cordeiro (Kapitalo), Sara Delfim (Dahlia), Mariana Dreux (Truxt) e Ruy Alves (Kinea); com Roberto Dumas, especialista em China; com João Landau (Vista Capital)
Bônus #15
Thiago Salomão conversou com Bruno Cordeiro (Kapitalo), Sara Delfim (Dahlia), Mariana Dreux (Truxt) e Ruy Alves (Kinea)
Bruno Cordeiro (Kapitalo)
Separar em parte cíclica e estrutural: quando aconteceu o covid, a China ficou preocupada com a cadeia global de fornecimento. China decidiu comprar tudo o que podia de commodities metálicas e agrícolas, não queria que a sua produção fosse interrompida por falta de insumos
China ficou estocada, mas resto do mundo ficou desestocado. Recuperação global vai acontecer (pois temos vacinas), mas mercado está desestocado o que gerou o rally no final de 2020
Apesar do PIB ter caído, renda disponível aumentou (por causa de auxílios emergenciais), propiciando as pessoas a consumirem mais alimentos. A temática era sempre empresas de tech, agora commodities estão gerando muito caixa no curto prazo
Mercado está apertado até julho/21 (pelo menos)
A única commodity que ainda não recuperou tanto é petróleo, por demanda de aviação é relevante (8% demanda total) e ainda não voltou. O que salvou o petróleo é a OPEC que cortou produção
Estrutural: nos últimos anos não houve capital alocado ao setor, oferta está restringida; vai ter muito investimento do setor público em infraestrutura e esforço de redução de desigualdade há maior consumo marginal de commdoties); cash is trash -> procura por ativos reais, como commodities
Gosta de ouro pois seria safe heaven com países que fizeram fiscal muito forte (aceleração déficit fiscal). Cara que alocou em ouro/prata na década de 80 perdeu 90% do dinheiro, Bruno entende que há alguns momentos em que vale a pena comprar ouro
Sara Delfim (Dahlia)
Ainda temos incertezas, prefere ter algumas empresas da temática “fique em casa” pois ainda há risco de lockdown e elas podem gerar valor
Gosta de saúde, educação, varejo e commodities. São bastante otimistas com China
Foca em 3 grandes temas: juro baixo, tecnologia/inovação e líderes em seus segmentos
Em juro baixo aposta em elétricas que pagam bons dividendos
Em tecnologia olha para MELI, MGLU, TOTS, WEGE
Empresas líderes são PETZ, RENT, setor de saúde
Mesmo com bolsa a 125k pontos ainda há oportunidade
Mariana Dreux (Truxt)
Temos juros reais negativos ao redor do mundo, muitos estímulos fiscais, perspectiva de vacina no curto prazo e eleições americanas. Cenário permanece com forte injeção de liquidez no mercado, mercado segue positivo.
Ainda há muita incerteza no Brasil, após reforma da previdência houve menor ritmo de reformas
Bolsa composta por Vale/Petro/bancos. Bancos são queridinhos pelos estrangeiros e Vale/Petro foram positivamente impactados pela dinâmica de China.
Dólar poderia ficar abaixo de 5, mas bateu 5.5
Situação de fragilidade no país impacta negativamente nos juros, já que há 700 bilhões de reais de vencimento no primeiro trimestre
Rui Dantas (Kinea)
Não gosta de bond proxies (Utilities, consumo – Walmart), não gosta de ativos deflacionários. Gosta de ativos reflacionários
Entende que tecnologia pode ser fonte de caixa (vender elas para comprar outros setores), mas a dinâmica nas empresas tech ainda é boa. Lucros devem continuar crescendo, pelo menos 15%
Em 2020 as pessoas gastaram dinheiro e em 2021 vão gastar mais. Esse dinheiro deve ir para as empresas e as empresas devem gastar também (maior capex pois 2020 teve pouco capex). Capex deve ser focado em áreas corporativas.
Ásia representa 70% do mercado emergente. Estamos com estoques baixos (beneficia a Asia), mercado asiático foi o primeiro a controlar o coronavirus
Mercado vive de temas (reflacionário no momento), mas esqueceu do play de reabertura (que andou bem em nov/dez mas andou mal em janeiro). Gosta de restaurantes (concorrentes menores devem quebrar, enquanto grandes redes sobrevivem e devem ganhar Market share), gosta de Airbus, gosta de cassino (principalmente Macau) e de commodities (principalmente petróleo)
Bônus #16
Thiago Salomão conversou com Roberto Dumas, especialista em China
Dumas entende que Chineses possuíam mais medo do Biden que do Trump, afinal já sabiam como Trump jogava e se desse ao Trump algo que ele quisesse, ele ficaria tranquilo
Mantra do Biden: America is back
Saiu da OMC, WHO, deixou muitos aliados ao longo do caminho. Biden deve reestabelecer alianças no pós guerra, deve fazer coalização para bater de frente com a China.
Desemprego está em 8% nos EUA e ainda há espaço para expansionismo fiscal
A dívida está alta, mas o custo da dívida está muito baixo (negativo na verdade). Com casas nas mãos de democratas é mais fácil o expansionismo fiscal nos EUA
Empregos que dependem da presença física devem reduzir.
Dumas acredita em outro cheque de auxílio nos EUA e investimentos de infraestrutura
Desigualdade social aumentou e pode gerar instabilidade social
“A antítese do capitalismo é a estabilidade”
Europa vai crescer menos que EUA, existe o risco de japoneização da Europa
Com Xi deve ter uma presença maior do Estado Chinês. Via consumo a China não cresce mais que 6%. É necessário que Estado cresça para China crescer mais
Stockpills #6
Gabriel Rodrigues da Studio falou sobre a tese de Enjoei
Companhia tem 2 tendências estruturais: venda online subpenetrada e consumo consciente
Característica da Enjoei: há interação entre rede social e ecommerce. Influencer tem uma loja própria
Companhia ainda é exposta a 95% aos Correios
Stockpickers #81
Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com João Landau (Vista Capital)
Performance em 2020 foi +30%. Foi um ano desafiador, mas deu certo. Os hedges funcionaram e ajudaram a carteira a performar bem
Passa muito tempo encima de um case, mas tenta fazer proteções
Parte long da carteira muda muito pouco
Roda backtest para ver se a proteção foi efetiva no passado
Entender qual risco quer proteger e como operacionalizar isso, possivelmente ganhando dinheiro no hedge também. Seria bom ganhar dinheiro no hedge também
O problema é que às vezes o hedge fica muito caro
Long/short x hedge
Normalmente no long short ambas as posições são do mesmo tamanho, no hedge não
Opção virou objeto de desejo do mercado, começou a ficar mais caro
Hoje como o CDI está baixo, você está obrigado em ficar alocado
Aloque nas coisas corretas, não no que vai subir semana que vem
NTNB longa é algo bom, mas tem pouco prêmio atualmente. João entende que juro real não deveria ser 4%, deveria ser um pouco menos. Gosta do ouro.
João tem medo do superaquecimento da economia e Fed subir os juros
Banco Central
Não está em um momento fácil
É estranho país com tantos desempregados ter pressão inflacionária (Petrobras segurar aumento do preço de gasolina)
Divisão é 1/3 backoffice, 1/3 análise, 1/3 trading
A curiosidade é o que move a pessoa a correr atrás de coisas novas.
O foco no dia a dia é entender aonde pode apanhar, montagem de hedge. Não ajustar a todo momento a posição long
A pior coisa que pode fazer é zerar na hora errada.
Processo de investimento não é uma fórmula de bolo.
Principal posição é Petrobras, custo de produção é muito baixo. Gosta bastante de NTCO
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