Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Vicente Guimarães, doutor em Economia na UFRJ, e Orleans Martins, doutor em Contabilidade pela UFPB sobre IRB (4/jul/20); Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Henrique Meireles (2/jul/20); episódio bônus de bancos
Arena Pickers #2 IRBR3
Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Vicente Guimarães, doutor em Economia na UFRJ, e Orleans Martins, doutor em Contabilidade pela UFPB sobre IRB (4/jul/20)
Companhia
Maior resseguradora da América Latina, fez IPO em 2017 e possuía ROE de 17%.
ROE ficou acima de 40%, enquanto peers internacionais entregam ROE 10%
Squadra
Tinha posição vendida por (i) discordar da expectativa de salvados e ressarcidos; (ii) reversão de sinistros pré 2014 ser muito forte; (iii) companhia ser muito otimista com sinistralidade; (iv) venda de shoppings e IRB informar que era parte da operação
IRB comentou e Squadra rebateu os comentários da companhia
Problemas
Começou com saída do presidente do conselho de administração (Ivan Monteiro) e culminou com comentários da gestão do IRB dizendo que Berkshire tinha posição da companhia
Berkshire rebateu falando que não tinha nem queria ter ações do IRB
Hoje
Orleans vê assimetria em IRB, companhia possui grande Market share no setor e sede no Brasil
Principal dúvida é rentabilidade para frente. Parte internacional não é tão rentável quanto local, se aumentar muito internacional impacta negativamente rentabilidade. Management falou que irá focar em Brasil e América Latina
ROE histórico é 20 – 25%, acreditam que companhia deve entregar ROE 15% (acima peers internacionais com 10%)
Management já tem experiência no setor, curva de aprendizado não será demorada
Relacionamento com clientes até agora não foi impactado
Governança
Havia concentração de poder em poucas pessoas, teve pagamento de bônus e recompra acima do permitido
Auditoria
Não está lá para identificar fraude e sim checar se contabilidade está ok, de acordo com os contratos recebidos. O problema é que os contratos já vieram alterados
O que faria sair do papel?
Surgirem mais esqueletos, haver menos transparência, resultados abaixo do esperado e surgir uma oportunidade melhor
Clique aqui para ler sobre o Arena Pickers #1 sobre OIBR
Stockpickers #57
Thiago Salomão e Renato Santiago conversaram com Henrique Meireles (2/jul/20)
Histórico
Fez Poli, pós na UFRJ e mestrado em Harvard. Foi presidente global Bank Boston
O que foi mais desafiador?
No Banco Central você precisa lidar com mercado, enquanto no Ministério da Fazenda é necessário interagir com Congresso
No BC você toma decisão, não negocia. No Ministério da Fazenda o poder final é do legislativo, então lá é mais desafiador
Sabesp
Há 2 opções: (i) privatizar; (ii) capitalizar e manter controle do Estado de SP (fazer uma holding da Sabesp)
Privatizar é prioridade. Comentou que querem amentar investimento em saneamento no Estado de SP e a saída é via investimento privado, mas lembrou que processo de privatização não é rápido
Bancos
Marcel Campos, Analista do setor Financeiro da XP, Thiago Salomão, Apresentador do podcast Stock Pickers Fernando Sampaio, Partner Equity Research na Brasil Capital e Lucas Akira, Analista de Ações da Absolute Investimentos.
Setor
Fatores anteriores que impactavam os bancos eram competição (muitos players novos entrando), regulação (mais forte, BC+ contra os incumbentes, pautas negativas no Senado) e macro (inadimplência mais alta até o final do ano)
O fator novo é o coronavirus, que atrapalha o apetite de dar crédito dos bancos
Marcel prefere Banco do Brasil, Fernando tem ITSA, BPAC e XP
Fernando lembra que mesmo com menos capital disponível o mercado continua líquido e competição com fintechs ainda existe
Lucas comenta que bancos estão baratos em termos relativos e absolutos
O consenso é que bancos precisam aproveitar menor competição agora e reforçar barreiras de entrada ao se digitalizarem. Competição está menor no curto prazo mas volta no médio prazo
É importante lembrar que bancos possuem muita gordura para queimar com corte de custos
O ROE que está precificado nos bancos é muito amassado
Bancos provisionam muito em 2020 mas devem devolver em 2021
Juros baixos -> captação mais barata, mas dificulta rentabilidade dos bancos no médio prazo
Ainda tem espaço para crescer crédito no Brasil (quando comparamos com peers)
Ter full bank para o cliente ainda é muito importante
Companhias
Banco do Brasil saiu de SME, que é potencialmente a parte mais penalizada da economia. Hoje quem tem mais SME é o Santander
Banco do Brasil também não tem large corporate como tinha na crise anterior (Odebrecht, OI); 40% da sua carteira é defensiva -> focada em consignado e agro
Bradesco -> 30% do resultado é seguro
Itaú -> banco de atacado é forte, banco de varejo é forte e ainda tem XP
Santander não tem seguradora, tem carteira mais arriscada
Santander -> play growth
Bradesco -> play Brasil, carteira bastante pulverizada
Itaúsa -> ex Itaú investimentos são irrelevantes
Banco Inter BIDI -> ainda possui dificuldade em monetizar (a conta de padeiro antes da crise era que cada cliente valia mil dólares)
Banco Pan -> ainda precisa provar crescimento
Nubank -> quando parar de crescer tem de ser rentável; Tinkoff é um bom exemplo
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