Coffee Stocks #43 #44 #45 #46 #47

Thiago Salomão conversou com Renato Junqueira (GAP Asset, 25/mai/20), Guilherme Anversa (XP, 26/mai/20), Marcos Mollica (Opportunity, 27/mai/20), Luiz Portella (28/mai/20) e Fabricio Taschetto (Ace, 29/mai/20)

Coffee & Stocks – #43– Renato Junqueira– 25/mai/20

USDBRL

A maioria dos bancos nutria uma visão negativa para o real baseada em: (i) baixo potencial de crescimento futuro em meio à pior recessão da história brasileira, (ii) desalinhamento político entre o Planalto e o Congresso, (iii) gastos permanentes afetando a sustentabilidade fiscal do governo, (iv) novos cortes de juros que afastariam ainda mais o capital especulativo do país

Prefere estar vendido no dólar do que comprado nesses preços pois (i) Bolsonaro está mais contido; (ii) Bolsonaro e Maia se reuniram para conversar; (iii) vídeo da reunião ministerial foi um fracasso para quem apostava em impeachment; (iv) há forte alinhamento entre Guedes e Bolsonaro; (v) real se desvalorizou muito mais que seus pares

Moedas de países emergentes devem se fortalecer à medida que tivermos notícias menos ruins sobre coronavirus

Dólar virou consensual, o que é perigoso

Preferem focar hoje em posições táticas que estruturais por causa da volatilidade dos mercados

Coffee & Stocks – #44–Guilherme Anversa– 26/mai/20

Guilherme discutiu com o Salomão as cartas da Dynamo

Processo de investimento em crise

Além de ver valuation, ver se a empresa consegue atravessar a crise e entender a cadeia de produção das companhias.

O que a crise irá alterar daqui pra frente?

Sim, o macro importa e é importante entender os fatores externos que podem impactar as companhias

Comentaram que empresas que compõem o ISE (Indice de Sustentabilidade Empresarial) se responderam melhor durante a crise. Concluíram então que quem respeitar os aspectos ESG deve estar melhor preparado para o futuro

Coffee & Stocks – #45– Marcos Mollica– 27/mai/20

IBOV x S&P

A posição que possuem em bolsa é estrutural, mas preferem bolsa americana à brasileira por acreditarem que cenário externo melhora antes nos países desenvolvidos

Compraram Brasil taticamente por ver evolução política recentemente.

USDBRL

Estavam comprados, zeraram e agora estão vendidos

Juros

A recessão forte abre espaço para uma queda forte nos juros

Estão posicionados na parte curta e intermediária da curva, não enxergam necessidade de se expor à parte longa da curva

Coffee & Stocks – #46– Luiz Portella– 28/mai/20

USDBRL

O dólar estava próximo de 6 reais e Bolsonaro deixou escapar que um dos tópicos que ele havia discutido seria o dólar. Nos dias seguintes Banco Central passou a ser mais ativo na venda do dólar. Juntando com dólar globalmente mais fraco, dólar caiu bastante contra o real

Quando dólar bateu 5.5 surgiram muitas compras.

Com a melhoria do coronavirus globalmente, ativos de risco (incluindo Brasil) que tinham ficado para trás começaram a subir

Se você olha o DXY, 60% é EUR. Desde 2008, EUA foi muito melhor que Europa e Portela acredita que pode ocorrer uma inversão, Europa performando melhor que EUA -> DXY poderia se enfraquecer

Juros

Estão comprados em juros (apostam na alta) por entender que é melhor do que ficar comprado em dólar

Estruturalmente gestor brasileiro gostou de comprar dólar, vender juros e comprar bolsa de vez em quando. Portela entende que essa dinâmica pode mudar.

Coffee & Stocks – #47– Fabricio Taschetto– 29/mai/20

Sempre foi bom vender dólar por causa do carrego, mas isso não se observa mais

A partir do Plano Real, o governo gastou muito e gerou inflação -> deixando a moeda apreciada. Essa dinâmica acaba em 2015 pois o governo quebrou, parando de gastar -> parando de ter inflação

Com fim do carrego, teve saída de capital do Brasil.

Dólar subiu muito e teve uma volta nas últimas duas semanas. Mesmo assim Fabricio segue comprado, mas um pouco menos que estava antes. O principal motivo é que dólar serve de hedge para as principais posições do fundo: juros e bolsa

70 – 80 % do movimento do câmbio é explicado por fatores externos e entende que dólar deve se fortalecer globalmente: EUA deve sair mais rápido da crise que outros países e dólar pode continuar forte

3 fatores para montar uma posição: fundamento, preço, técnico -> dólar possui fundamento bom, mas com preço não tão bom e técnico ruim (pois virou consenso ter dólar)

Além de acertar o case, é importante acertar o timing também

Juros

Governo vai ter de gastar menos nos próximos anos. Enxergam uma queda do PIB em 10% este ano, aumentando muito o hiato do produto -> ociosidade muito grande impede alta da inflação no curto prazo

Banco Central esteve abaixo da meta da inflação em 2017, 18, e estará em 20 e 21. Só não esteve em 2019 por uma alta muito forte de carnes no final do ano

Isso significa que juros estarão baixos por muito tempo

Bolsa

Fabricio gosta de bolsa pela questão macro. Com juros reais negativos, o dinheiro perde valor e os ativos reais se valorizam -> bolsa vai para cima

Hedge

USD, treasury US e short em bolsas asiáticas

Entende que um novo capítulo da trade war EUA x China deve ocorrer antes das eleições (já que Trump não pode vender o peixe da economia pujante nos EUA). Isso deve prejudicar algumas empresas chinesas

Treasury já andou demais, reduziram um pouco

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