Falaram sobre o mês de maio/22, sobre empresas tech x commodities e algumas teses da Ibiuna/RPS
Carteiros #13
Lucas Collazo e Samuel Ponsoni falaram sobre algumas cartas de gestores sobre o mês de maio/22. Chamaram Rodrigo Sgavioli e Davi Fontenele (ambos da XP)
Grosso dos multimercados ganhou dinheiro fora do Brasil -> alta de juros nos EUA
Alguns gestores perderam dinheiro comprados em bolsa local e apostando na queda do real contra o dólar
IBOV estava descolado com o mercado lá fora, mas em abril se juntou ao pessimismo do mercado lá fora
Legacy -> comentaram de inflação; ação é o único detrator de resultado; Banco Central americano pode aumentar mais juros que o mercado espera; demonstra otimismo com Brasil
Vista -> foi bem em abril; ficaram bem comprados em commodities
Dahlia -> falam sobre a trindade impossível: (i) regime de câmbio fixo; (ii) fluxo de capital e (iii) política monetária independente; pode ter 2, mas 3 é impossível; é difícil China bater meta de PIB e fazer lockdowns; juros EUA maiores que China -> fluxo de capitais para EUA
Morgan Stanley -> importante não é aumento da taxa de juro nominal, e sim aumento da taxa de juros reais (isso impacta as ações); entende que correção em ações relacionada à alta de juros foi muito forte
Kinea -> juros reais ex post nos EUA estão muito negativos;
Versa -> caiu menos que o IBOV; tem AMAR, SOMA, GUAR, YDUQ, BBDDC
Encore -> olhando a média histórica, bolsa está barata; não querem concentrar
Verde -> ganhou dinheiro com juros EUA e inflação implícita Brasil.
Stockpickers #145
Lucas Collazo, Fernando Ferreira e Henrique Esteter conversaram com Pedro Cerize (Skopos) e Luiz Alves (Versa) sobre commodities e empresas tech
Pedro quebrou em 1995 na crise do México porque a moeda deixou de ser fixa. Depois foi para o Fator. Começou a gerir o fundo de ações do Fator em 1997. O desafio é que o fundo de ações tinha 63% de Telebrás (Telebrás tinha 60% de peso do IBOV). Ele ficou com medo da crise da Ásia e começou a vender Telebrás. Decidiu comprar Banespa por causa da privatização e foi o primeiro fundo de ações de 1997. Depois foi para o BBA. Ganhou dinheiro, teve seed e criou a Skopos
EUA
Volcker era secretário do Governo quando acabou Bretton Woods
Bolha vai furar -> melhor investimento para ficar short seria Russel 2000 (boa parte é small cap)
P/E apenas de empresas com lucro positivo é 56x, mas olhando consolidado é 12x (logo muitas empresas dão prejuízo). Muitas deram prejuízo em momento de juro baixo e economia forte nos EUA. Com juros altos e economia pior -> essas empresas devem quebrar -> impactando negativamente bancos -> isso pode arrefecer alta de juros do Fed. Inflação alta -> se proteger com commodities
China pode mudar esse ciclo (se crescerem pouco, reduz demanda de commodities como um todo)
Cerize lembrou que crack spread subiu muito pois não há capacidade de refino no mundo, não basta aumentar produção de petróleo
Uma alternativa seria comprar BOVA11 e vender S&P
É importante comprar negócio bom em momento ruim, pq momento melhor ela mandar bem. Todo gestor velho é pessimista, gestor otimista morreu no meio do caminho
BRPR3 deu tudo errado (estava muito alavancada) e sofreu com alta de juros
Maiores posições da Versa é SOMA e AMAR. Entraram em SOMA via Hering. Antes da pandemia a Marisa estava indo bem (se recuperando). Versa gosta de varejo por não depender de forças externas
MLAS -> Luis gosta
PCAR -> problema é management; soma das partes está barata; Cerize comprou, ela dobrou e depois caiu pela metade. Foi muito estranho spin-off do Assai e depois vender Extra pro Assai caro. Deveria ter feito tudo junto. Querem fazer só fresh, mas operação fresh atual está ruim; Cerize é sócio de um shopping na Zona Norte e entende bem da operação
LCAM -> comprou quando estava tendo um turnaround e demorou 3 anos
Short
Short é difícil pois o problema é carregar a posição
BIDI -> demorou e zerou; BIDI depois caiu
IRB -> Cerize comprou put spread
No short a perda é certa -> Luis prefere vender índice
Grandes ganhos
Melhor ver financeiro que percentual
Buffet ganhou 100 bilhões de dólares em Apple
Cerize comprou ROMI e se deu muito bem, mas ganhou muito menos que Buffet na Apple
NUNCA VENDER empresa boa
Stop
Versa trabalha com stop de fundamento, não por preço
Cerize tem apenas 3 posições: Suzano, Porto seguro e Vtal
Coisas que geram mais inimizades
Falar mal de cripto
Falar mal de OIBR3
Falar mal do Bolsonaro
Falar mal do Lula
Vale a pena comprar cripto/tech?
Google tem uma barreira de entrada forte
Apple está menos criativa, mas tem cultura muito forte
Netflix -> tem pricing power fraco
Microsoft consegue se reinventar constantemente
Amazon é um monstro
Cerize gosta de algumas big techs, logo prefere ficar short no Russel 2000 que no S&P
Dados
Valor está na geração de caixa, não apenas em captar dados
Todos os magnatas compraram empresa de mídia
Twitter -> dá para ver notícia rápido e entender sentimento
Trade de muita alegria
Cerize -> Fosfértil e Banespa
Luis -> short S&P
Trade de muito aprendizado
Cerize -> Contax (pessoas adoram turnaround)
Luiz -> short BIDI
Suzano é a Vale e Klabin é a Gerdau
Stockpickers #146
Lucas Collazo e Henrique Esteter conversaram com Paolo di Sora (RPS) e André Lion (Ibiuna) sobre as teses da carteira
Paolo gosta de commodities
Não só no Brasil, mas no mundo, estamos passando por um processo estrutural (juros baixos e sem inflação acabou).
Não é só pq Renner fez oferta recente de 38 reais e está a 23 agora, não significa que está barata
Mudança de juros -> muda preço dos ativos
Para entrar em bolsa na Selic atual, papel precisa dar 25% – 30% de upside.
Ex bancos e commodities, bolsa não está barata para Paolo nos preços atuais (comparando com renda fixa).
Cenário não vai ficar claro nos próximos 6 meses
Americano está há 10 anos com inflação baixa, a discussão é se as pessoas sabem se portar nesse ambiente de alta de juros. Brasil vive a luta contra a inflação há muito tempo
Inflação não cai por gravidade, não vai ser fácil
Driving season nos EUA -> alta demanda de petróleo nos EUA
Se China sair nos lockdowns -> aumento de demanda de combustível
Pode aumentar a demanda de petróleo
Petrobras é uma das principais posições da Ibiuna, por causa da margem de segurança grande
RPS também gosta, PETR está mais barata que YPF
Preço de combustível é um problema forte. Se privatizar, não é mais problema do governo
Lula e Bolsonaro são a mesma coisa em termos institucionais macro (mas em termos setoriais não)
Petrobras descobriu o pré sal na mesma época que EUA descobriu o shale gas (2006-07). Brasil produzia 1.8 mbpd e EUA 2 mbpd. 15 anos depois, Brasil produz 2.5 mbpd e EUA produz 13 mbpd
Major x junior
Na junior estão muito mais alavancados no preço de petróleo
O desafio é o petróleo no longo prazo
Você não cria majors de petróleo de maneira orgânica
RPS prefere RECV por ser mais antiga e ter nicho
Short
Empresas de carros elétricos estão com Valuation na perpetuidade -> sofrem com macro desafiador
Tesla vale mais que as todas outras empresas de carro somadas, mas Paolo entende que não é winner takes all; as pessoas entendiam que Netflix seria winner takes all e mercado corrigiu
Se economia for mal, quem sofre será setor de housing e semicondutores (hedge para posição cíclica em commodities). Preço da casa dobrou nos EUA e juro está mais alto
Short é tão bom e tão ruim quanto o long -> o importante é o acompanhamento; no médio/longo prazo as empresas vão evoluindo ao longo do tempo, é saudável ter trigger
Institucional vem saindo da bolsa, mas pessoa física segue aumentando. Eles ainda não desistiram, a pergunta é o que acontece quando pessoa física sair da bolsa -> volta a trabalhar?
Ibiuna gosta de Vale e Gerdau, Omega e CESP, ITUB.
Oferta da Eletrobras vai ser gigante, vai ter Eletrobras para todo mundo.
Sabesp -> negocia a 0.65x EV/RAB, seria o low histórico dela; caso Tarcísio seja eleito, pode privatizar
Trade que deu certo
Ibiuna -> Sabesp
RPS -> petróleo (XLE)
Trade que deu errado
Ibiuna -> Sabesp (acreditou no analista)
RPS -> long MRV (entenderam que era defensivo, mas houve compressão de margem forte)
Dica
Entender o que você está fazendo, o que está por trás; fazer CFA